CONSTRUÇÃO DA ADUTORA ZABUMBÃO / BOQUIRA AINDA CAUSA MUITAS DÚVIDAS E POLÊMICAS

Um consórcio formado pelas empresas Ebisa Engenharia e Heca Construtora venceu a licitação do Governo da Bahia para implantar o Sistema Integrado de Abastecimento de Água (SIAA) Boquira/Zabumbão.

Orçada em R$ 186.456.980,57, a obra tem prazo de execução de 540 dias corridos. 

O SIAA Boquira/Zabumbão visa levar água da Barragem Zabumbão para vários municípios da região, os quais sofrem com insuficiência hídrica.

Atualmente, o Zabumbão atende aproximadamente 60 mil pessoas. Segundo o edital, a estimativa é de que o novo sistema integrado beneficie “uma população total de 114.800 habitantes em início de plano e 173.677 habitantes até o ano de 2041”.

Apesar de ainda restarem muitas dúvidas e incertezas sobre a segurança hídrica, o posicionamento do Governo do Estado, de acordo com as respostas encaminhadas à redação do Jornal O Eco, é de que serão construídas, tanto a Barragem do Rio da Caixa, cujo projeto executivo, segundo a SIHS, será finalizado até 12.fev.2022, quanto a adutora do Zabumbão, que, de acordo com o governo, é extremamente importante para ampliar o fornecimento de água e garantir a segurança hídrica do Vale do Paramirim.

Com extensão de 216,46 km, entre adutoras, sub-adutoras e redes de distribuição, a intenção do empreendimento do estado, é beneficiar 54.800 habitantes.

Para responder as dúvidas da população a equipe de execução do PTS e a equipe da engenharia estão fazendo reuniões nos municípios que serão beneficiados com a adutora. 

Participem da reunião e entenda…

Porque é impossível secar o Zabumbão com o consumo humano?

A irrigação é a principal consumidora da água do Zabumbão e a principal fonte de desperdício. Como é possível reverter esse quadro?

É possível modernizar o processo e ampliar a capacidade produtiva, sem gastar mais água?

Quer saber como?

Participe das reuniões que estão sendo realizadas em todos os municípios (posteriormente iremos publicar as datas) para tirar as dúvidas e esclarecer a população e saibam o que realmente está acontecendo.

Nessas reuniões será explicado também sobre as tratativas com os órgãos regulamentadores, fomos informados que: “a SIHS, em reunião com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico – ANA, tem discutido o Marco Regulatório e a Alocação de Água para a Barragem Zabumbão, onde houve concordância com as regras sugeridas na proposta do Marco Regulatório, tema relevante para a utilização adequada daquelas águas.

Na ocasião, ficou estabelecida vazão de 212 l/s para o SIAA Zabumbão / Boquira que atende à demanda atual e do horizonte dos próximos 10 anos, quando teremos a segurança hídrica da microrregião de saneamento básico da Bacia do Paramirim assegurada ainda pelo reforço da implantação da Barragem do Rio da Caixa e do seu sistema adutor”.

HISTÓRIA DA BARRAGEM DO ZABUMBÃO

Nesse vídeo você verá uma produção simples contando um pouco da História da Barragem do Zabumbão, uma represas muito sonhada e querida por morados do Vale do Paramirim, uma história muito linda que deve ser lembrada sempre espero que vocês gostem. Gui Azevedo

O Governo do Estado da Bahia conforme estudos técnicos garante que a Barragem do Zabumbão não secará com a construção da Adutora ZABUMBÃO / BOQUIRA.

A água é o mais crítico e importante elemento para a vida humana. Compõe de 60 a 70% do nosso peso corporal, regula a nossa temperatura interna e é essencial para todas as funções orgânicas. Em média, nosso rganismo precisa de 4 litros de água por dia. A água também é usada para preparar mamadeiras, comidas e sucos.

O acesso à água é direito de todos e dever do Estado. O exercício desse direito depende de ações do Estado, que deve garantir o acesso à água potável e regular a forma de exercício desse direito, assim como de ações individuais relacionadas ao uso desse valiosíssimo líquido de forma racional e sustentável. Em tempos de escassez, não mais se concebe o seu tratamento como um recurso natural renovável, ilimitado.

Nos últimos anos muito se tem discutido acerca da crise hídrica. Em meio a esse cenário a discussão tem passado pelo planejamento de sistemas de abastecimento, uso racional deste importante recurso natural e pela questão climática. Isso evidencia a consciência de que a água é um recurso essencial à vida, conforme reconhecido no plano internacional e reafirmado, recentemente, no 8.º Fórum Mundial da Água.

Além disso, o acesso à água potável é condição necessária ao combate à pobreza e desigualdade social. Para tanto, existem regras a serem observadas no seu uso, que devem atender os interesses coletivos. Nesse sentido, essas regras, além de importarem numa forma de ordenar a vida em sociedade, têm o condão de garantir a sobrevivência humana.

Não bastasse isso, desde o ano de 2010 a água é proclamada como direito humano pela Organização das Nações Unidas (ONU), evidenciando a preocupação, também no âmbito internacional, de tutelar este recurso essencial à sobrevivência humana.

O caput do artigo 5º da Constituição Federal do Brasil de 1988 (CF/88) afirma que o direito à vida é uma garantia inviolável de todos os brasileiros e estrangeiros residentes no País. Se, para manter a vida é necessária a água, sem esta a vida se torna impossível.

A Lei Federal nº. 9.433/97, no Título I, Da Política Nacional de Recursos Hídricos, no Capítulo I, Dos Fundamentos, Art. 1º, inciso II, reza que “a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico”.