A FALÊNCIA DA FAMÍLIA, A FAMÍLIA FORMA O ADVOGADO, MAS TAMBÉM É A FAMÍLIA QUE FORMA O CRIMINOSO
As dificuldades que os pais encontram em educar seus filhos na atualidade tem sido um assunto muito discutido em nossa sociedade.
Lembro-me que quando criança, reconhecia e respeitava a desaprovação de uma atitude apenas pelo olhar dos mais velhos, pertenço a uma geração educada pelos conceito da moralidade, as famílias assumiam seu papel como principais educadores de sua prole, não seguíamos um código de conduta escrito e crescemos com valores que nos permitiam julgar, por um olhar em primeira pessoa do singular, atitudes coerentes ou não. Durante o passar dos anos este senso de moralidade veio sendo perdido, nos deixando a beira do caos.
A família continua sendo a principal referência de conduta e formação das novas gerações. Tendo sido destroçado este princípio, nos vemos hoje a beira da falência moral, com consequências drásticas para o convívio coletivo. Os pais, super ocupados consigo mesmo e com a sobrevivência dos seus, transferiram a responsabilidade educacional única e exclusivamente para as instituições de ensino. Analisando o senário da educação pública atual, podemos concluir, sem generalizar, que manter padrões sociais, estes desconstruídos pela liberalidade no âmbito familiar, é um jogo sem vitória.
O senário para ser reconstruído deve ser modificado no seio da família, os pais devem reavaliar suas posturas e retomar seu papel como principais modelos de direcionamento dos filhos.
Certa vez li uma frase que me fez pensar, o autor disse que é “A família que forma o advogado, mas também é a família que forma o criminoso,” e concordo plenamente com ela, salvo as exceções.
O ambiente o qual pertencemos influencia e muito nossas atitudes, projetos e condutas. Neste contexto, qual seria o ambiente em que mais nos espelhamos, ou deveríamos nos espelhar? Com um âmbito familiar falido, vamos sendo entregues ao meio que nos rodeia, e sorte para quem tiver.
É necessário propor, e de forma ágil, a conscientização do todo no sentido educacional familiar, os pais devem reassumir seu papel como educadores e modelos, este é o único caminho coerente rumo a civilidade e a uma nação, digo em termo global, que abre mão de seus próprios interesses e veleidades à primazia do bem do todo.