LULA, MORO E BOLSONARO TROCAM FARPAS ENTRE SI VISANDO A CORRIDA PRESIDENCIAL DE 2022
A troca de farpas e acusações começou por conta do aceleramento dos candidatos à presidência de 2022. Os candidatos usaram veículos e redes sociais para atacar seus concorrentes. Lula em podcast, Bolsonaro em sua live e Moro em entrevista à Jovem Pan.
Eleição ganha forma com Lula e Bolsonaro em alerta e 3ª via em guerra por espaço.
Polarização se mantém e pelotão deve afunilar; universo político considera lista de candidaturas definida
A corrida presidencial de 2022 entrou em uma fase decisiva, com as principais pré-candidaturas já colocadas e intensa movimentação dos atuais favoritos —o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o postulante à reeleição Jair Bolsonaro (PL), o Ex-Juiz Sérgio Moro, e dos que tentam despontar na chamada quarta via.
Definições que se arrastavam sumiram do radar com a chegada de dezembro e, a dez meses do pleito, pré-candidatos e partidos travam batalhas por crescimento e consolidação nas pesquisas, formação de alianças e atração de apoios, embora ainda restem pendências no horizonte.
A formalização da União Brasil (resultado da fusão de PSL e DEM) é um dos elementos aguardados, já que a nova legenda será a maior bancada da Câmara dos Deputados e a campeã de verbas públicas de campanha. O apoio do partido é disputadíssimo, mas há chance de ele ter candidato.
As conversas sobre 2022 passam também pela possibilidade da formação de federações partidárias (coalizões criadas para disputar eleições e que devem se manter alinhadas por quatro anos). Siglas à esquerda e à direita avaliam o modelo, mas esperam a confirmação da validade da regra.
Na congestionada quarta via, começa agora uma etapa mais pragmática de apresentação dos pré-candidatos e projetos. Isso, ao lado das sondagens de intenção de voto, será essencial na decolagem ou no descarte de candidaturas, além de indicar o potencial para apoios e coligações.
A chegada de Moro ao páreo, que inegavelmente balançou outras candidaturas, abriu uma nova fronteira em setores da direita que estiveram com Bolsonaro em 2018, em especial grupos lava-jatistas e alas das Forças Armadas, mas há cautela sobre entraves a um crescimento mais sólido.
No caso do atual presidente, novembro marcou o desfecho, ao menos por ora, da novela de sua filiação partidária, depois de dois anos. O retorno ao centrão, com a ida para o PL, carimba o casamento com o bloco que ele outrora tachava de velha política e do qual espera sustentação.
Assombrado pela debacle econômica e social, motivo mais que suficiente para ameaçar sua reeleição, Bolsonaro passou a priorizar a montagem de palanques estaduais e aspectos de uma campanha que, desta vez, dependerá mais da estrutura convencional, com fundo eleitoral e tempo de TV.
FONTE: Folha de São Paulo e Jovem Pan