MACAÚBAS – BA: CLUBE SOCIAL DA CIDADE PODE SER VENDIDO

Segundo se fala no município o Clube social e Recreativo de Macaúbas – Ba pode ser vendido.

Comenta-se que um sócio Proprietário solicitou através de ofício a Diretoria a venda do mesmo com a justificativa que o mesmo não tem mais utilidade e que a população e os sócios perderam o interesse pelo mesmo.

Há mais de cinqüenta (50) anos atrás o Clube Social Recreativo de Macaúbas – CRSM foi criado por jovens estudantes, senhores e senhoras, macaubenses idôneos, preocupados em que, as famílias pudessem contar com um espaço para lazer, descontrair, distrair, encontrar com os amigos, afastar a monotonia nos dias feriados, finais de semana e, conservar os costumes das nossas tradicionais festas, dando prioridade as Festas Juninas e a tradicional Festa dos Dias das Mães.

O Clube Social desde sua criação vem fazendo um o papel Social liberando suas instalações para eventos Sociais como Formatura de Escolas, Reuniões da Prefeitura Municipal, Apresentação da Filarmônica, Bingos para necessitados etc. tudo isso sem nada cobrar,

Mas, devido à irresponsabilidade de Diretorias passadas o Clube foi abandonado e ficou fechado por cerca de 10 anos que resultou em uma dívida trabalhista que gira hoje em torno de R$ 400.000,00 e com esse fechamento os sócios e as pessoas perderam a vontade de frequentá-lo.

Essa dívida trabalhista citada acima não está gigantesca e o clube não foi a leilão graças à Diretoria.

Conversamos com o atual Presidente Jovane Sales Silva (que está de licença para interesse particular) sobre essa possível venda, ele nos afirmou que existe essa conversa, mas, se depender dele o mesmo não será vendido, o Presidente Jovane Sales Silva é contra a venda. Ele nos ressaltou que à mesma só poderá acontecer se a maioria dos sócios aprovar em Assembleia Geral.

O Presidente Jovane Sales Silva contou ao Blog a situação do Clube.

Há cerca de 05 anos atrás o Clube Social e Recreativo de Macaúbas estava com as portas fechadas, abandonado e as intalações em situação precária. 

É tarefa difícil administrar uma entidade como o Clube Social de Macaúbas – Ba, levamos nome de ladrão, de atrapalhado, de enrolado, de ineficiente, de improdutivo etc…, mas ninguém sabe ou melhor, sabe tanto como é difícil administrar o Clube que ninguém quer assumir esse cargo trabalhoso de muita responsabilidade e não remunerado.

Quantos vezes acordei no meio da noite com ligação de vizinhos do C.S.R.M dizendo que a caixa estava vazando água, que tinha pivetes invadindo e depredando o clube (registramos queixa na delegacia e no juizado de menores), quantas vezes saímos de porta em porta pedindo motor emprestado para nós mesmos (Jovane, Gilson e Gerson) limpar a piscina, quantos sócios perturbei pedido ajuda para pagar despesas urgentes, quantas vezes tivemos que meter a mão no bolso eu (Jovane, Gerson e Gilson, Diretores) para pagar contas muitas vezes sem termos esse dinheiro (usamos limite do banco), quantas vezes fizemos festas para ajudar o clube e ao acabar a festa não tinha o dinheiro para pagar a banda, além do prejuízo da banda pagar também prejuízo do bar, além dessas despesas teve muito mais, tivemos que pagar despesas grandes como a caixa d’agua de 5.000 litros de fibra que compramos para o clube (na época foi uma fortuna), o malha do teto foi caríssima (e ainda teve que vim uma equipe de Brumado com todas as despesas paga pelo clube para colocar a malha que compramos e mandamos costurar em maquinas especiais pelo tamanho), quantas vezes tivemos que ir a Brumado com nosso carro levar a nossa Advogada que defendia o Clube de processos trabalhistas (pagamos a diária também, é o correto), pagamos passagens e diárias também de Advogado e Contador de SSA que contratamos para ajudar no processos (com essa ajuda conseguimos reduzir a dívida trabalhista em cercar de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) movidas por ex-funcionários, essas ações foram necessárias e os itens e mais outros que não citei não estavam no contrato da reforma (tivemos que reajustar o contrato porque a situação do Clube era bastante feia, conforme fotos abaixo)…

Ainda tivemos um gasto bastante elevado, foi necessários trocar várias madeiras do teto que estavam caindo…, e a dor de cabeça que tivemos quando a empresa contratada para fazer a reforma nos disse que caixa de água, malhas etc. e o madeiramento do clube que estava todo comprometido (não fazia parte do contrato da reforma), essa reforma saiu na hora exata, graças a reforma evitamos uma tragédia, a madeira do telhado faltava pouco para cair na cabeça de quem estivesse no salão, enfim se fosse relacionar todos os problemas solucionados e que pagamos com nosso dinheiro temos a certeza que o C.S.R.M estaria nos devendo muito.

Se não fosse as ações da Diretoria o Clube que hoje está valendo cerca de R$ 5.000.000,00 de reais não valeria a terça parte desse valor.

Voltando ao início do problema, ao assumirmos essa instituição pegamos o C.S.R.M abandonado já que tinha se passado 10 anos que nem eleição para a Diretoria tivesse acontecido.

Encontramos o clube com muitas dividas (saae, coelba, gráfica, lavanderia etc.)  e sem nada, sem o som, sem cadeiras, sem motor, sem panelas, sem bujão, melhor até tinha mais não prestava mais devido ao tempo: caixas de som, alto falantes, motor, um carro velho que ninguém queria, tudo foi jogado fora e registrado em ATAS, jogado fora, porque ninguém quis comprar, era material antigo com mais de 15 anos de uso e não prestava mais para nada.

Tivemos ainda de enfrentar um problema maior, a dívida trabalhista de ex-funcionários, essa história é grande….

Podemos tentar resumir; pouco antes de assumirmos o Clube tinha uma comissão de sócios que assumiu para cuidar dos problemas principais e urgentes, como a dívida…

Em uma reunião que essa comissão estava fazendo para acertar a dívida dos funcionário (x, x) pelo valor de R$50.000,00 fomos surpreendidos com a presença de 03 sócios (A.S, A.P e A) que chegaram com um liminar da justiça dizendo que a comissão não tinha poder para fazer esse acordo e pagar a dívida, ACORDO CANCELADO; foi necessário fazer de forma urgente mais dento da lei e do estatuto, UMA ELEIÇÃO, eleição realizada, Diretoria com a posse tomada, próximo passo realizar a Assembleia para pagar o direito trabalhista dos ex-funcionários …, em Assembleia Geral os sócios aprovaram a venda do terreno no acesso por R$200.000,00 para pagamento da dívida R$50.000,00 (como já acertado anteriormente com os funcionários) e R$150.000,00 para serem usados na reforma do C.S.R.M, encontro marcado para acertar o pagamento e olha os sócios amigos novamente (A.S, A.P e A), não pode pagar, olha a liminar, a Diretoria não pode pagar a dívida, ACORDO CANCELADO NOVAMENTE, depois de tanto problema acontecido e o tempo decorrido, essa dívida hoje está em torno de R$400.000,00; se esses sócios citados acima não tivesse atrapalhado a dívida trabalhista teria sido paga.

Devido ao estado que estava as instalações do C.S.R.M foram gastos quase o dobro na reforma, ao invés de R$ 150.000,00 previsto inicialmente foram gastos quase R$ 300.000,00 por isso a demora na entrega da obra, a mesma foi entregue 02 anos depois do prazo para entrega da mesma estipulada no contrato.

Depois de muitas viagens a Brumado (diárias dos Advogados, gasolina, fretes de carro e refeições), contratação de contador, troca de advogado (pagamento de honorários), pagamento de passagem de Salvador / Macaúbas / Brumado, pagamento de advogados para recorrer do valor do débito, o clube ficou nos devendo um monte de dinheiro (já que apenas 25% dos sócios pagam as mensalidades, agradeço a todos pela confiança, mas, o que resultou essa batalha, conseguimos segurar o processo até agora e reduzir em R$30.000,00 a dívida de um dos funcionários, se não fosse a nossa intervenção teríamos pago R$30.000,00 a mais do valor atual.

Sem contar a pandemia da COVID-19 que deixou nosso clube fechado para tudo, tivemos água e luz cortados, outra dívida grande para pagar, pagamos uma e a outra não tivemos condições… agora não tem mais o que fazer a dívida que seria paga de R$50.000,00 precisa ser paga pelo valor de valor de R$400.000,00.

Gostaríamos de dizer aos sócios que se não fosse a Diretoria o processo trabalhista teria corrido a reveria e hoje não teríamos mais nem clube.

Do dinheiro da venda do Clube não recebemos nada, R$ 150.000,00 foram trocados por mão de obra e R$ 50.000,00 foram usados para recursos do processor trabalhista e o que sobrou foram usados para pagar uma parte da reforma do clube que não estava no contrato (mesmo assim, esse valor não deu, foi necessários usar o pouco do dinheiro que tinha das mensalidades e ainda colocar mais dinheiro do nosso bolso para pagar as despesas necessárias).

Agradeço em nome da Diretoria a todos os sócios pela confiança, apoio e peço desculpas pelo abuso na cobrança das mensalidades, ligações e mensagens.

Nosso Clube está em pé graças a Diretoria e o apoio de vocês sócios que gostam do Clube Social de Macaúbas.

Jovane Sales

Presidente