MACAÚBAS – BA: POPULAÇÃO DO DISTRITO DO AÇUDE SE REVOLTA POR EMBASA QUERER TIRAR ÁGUA DA BARRAGEM

Vídeos que circulam nas redes sociais sobre uma suposta intenção da EMBASA de retirar água da Lagoa do Açude para servir, quem sabe o município de Ibipitanga e/ou outras localidades, gerou protesto e manifestações da população do Distrito do Açude, um equipamento de bombeamento (boia de metal) foi arrastada pelas ruas e o povo (gritando palavras de ordem) pela não retirada da água da barragem.

A barragem do Açude, assim como a do Zabumbão é administrada pela Codevasf, a qual ainda não se manifestou a respeito.

Vereadores de Macaúbas deverão fazer manifestação em conjunto pedindo uma solução a respeito.

PARA REFLETIR:

A estiagem bate à nossa porta, as chuvas devem cair em quantidade insuficiente para manter com segurança os níveis dos reservatórios, já para a agricultura está comprometida seriamente!

Macaúbas tem um déficit hídrico histórico, ou seja, desde sempre falta água!

A prova disso é o “sistema de manobra” o que mostra que não há e nunca houve água suficiente para manter o sistema sempre ligado, sempre com água nos dutos e nas torneiras.

O abre e fecha registro é o que causa rompimento, o esvaziamento  X e o aumento da pressão constante, este causado pelo que é conhecido como manobras, que entendemos como controle de distribuição pela escassez das água.

Macaúbas deverá ser beneficiada, e aí, também o Açude, com as águas do sistema adutora do zabumbão.

Em outubro de 2021, a população de da cidade de Paramirim fez uma manifestação parecida com esta da população do Açude, para que não se retirasse as águas do zabumbão, essa para ser distribuída para ser distribuida para alguns municipios da região, a exemplo de Macaúbas, Ibipitanga, Boquira, ou seja…

Nós e muitos outros estamos precisando da água do Zabumbão para beber, para viver, para sobreviver… É certo que muitos de nós na época do protesto pela não retirada da água do Zabumbão alegávamos que a Barragem foi feita com recursos federais, sendo ela um PATRIMÔNIO da união, ou seja, de todos!

Assim, como é que a Barragem do Açude, que é federal. 

O PROTESTO… “PUXANDO A BRASA PARA SUA SARDINHA”?

Sim, todos queremos “puxar” para nós o que achamos que é nosso!

Se a população de Paramirim tivesse razão e ganhasse no “grito” o “Zabumbão é nosso”!… Não existiria a Adutora que em breve vai levar água para todos, inclusive para a comunidade do Açude…

A demanda das águas do zabumbão para macaúbas representará um incremento de quase 50% da nossa capacitação home… É muita água?

Macaúbas deverá ser BENEFICIADA, e ai, também o Açude, com as águas do sistema do Zabumbão.

AÇUDE

Açude está localizado no interior Leste do município de Macaúbas a 20 Km da sede municipal com latitude 13º 0″ 0S, longitude 42º 31″ 60W e altitude de 547m. Os primeiros habitantes, a fixaram na localidade, que chamava-se Saco Grande, foram atraídos pelos solos férteis das baixadas e água do riacho do leite.

No lugar denominado Saco Grande deu-se início, no dia 08 de agosto de 1932, a construção da barragem pela Inspetoria Federal de Obras Contra a Seca, IFOCS, e a partir da obra o lugar passou a chamar-se “Açude” e atraiu pessoas de diversos lugares.

Em 1932, edificou-se muitas casas para estabelecer os mandantes da grande obra, originando daí a “Rua do Escritório”. Várias casas foram construídas durante a realização dos trabalhos e outras tantas depois, passando o povoado a ter uma feira livre, bastante frequentada, regular atividade comercial, bom criatório e lavoura desenvolvida.

O posto dos Correios foi criado em 04 de janeiro de 1986.

A Câmara de Vereadores aprovou a criação do Distrito do Açude no dia 02 de junho de 1989.

 

No dia 06 de novembro de 1992 o vereador Carlito Rodrigues Nogueira apresentou à Câmara Municipal um abaixo-assinado destinado ao Governador do Estado pedindo providência para evitar a canalização de água do Açude de Macaúbas para Ibipitanga, por causar prejuízo na piscicultura, agricultura, além do risco do Povoado ficar sem água potável.

Nos anos 60 houve uma grande migração de “açudenses” para o norte do estado de Goiás, hoje, Tocantins, principalmente para a cidade de Araguaína, onde muitos são empresários bem sucedidos.

Em 2003 o lago secou completamente. Em 2004, com as intensas chuvas, o lago alcançou um volume de 80% de sua capacidade.

FONTE: Blog Alécio Brandão / Blog Jovane Sales