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PARAMIRIM – BA: BARRAGEM DO ZABUMBÃO PRÓXIMA DE VERTER “TRANSBORDAR”

COMUNICADO OFICIAL

Diante do grande volume de chuvas nas últimas horas, o nível da Barragem do Zabumbão subiu muito e espera-se que em breve ela venha a verter.

Por isso, a Prefeitura de Paramirim orienta uma série de medidas de segurança a toda a população paramirinhense, principalmente para a do balneário e as margens do Rio Paramirim.

Neste exato momento, a cota da Barragem do Zabumbão está em 668,28. Faltando exatamente 1,72m para sangrar.

Salientamos ainda que está PROIBIDO banhos no balneário e a presença de pessoas no vertedouro da Barragem.

A barragem, propriamente, ainda é jovem: a conclusão de suas obras data de 2000, tendo assim pouco mais de 20 anos de funcionamento.

O primeiro projeto de represamento da água do rio Paramirim, no entanto, foi elaborado ainda nos anos 30 e por décadas esteve no centro das reivindicações dos agricultores da região.

O Vale do Paramirim, um conglomerado que abrange diretamente mais de 12 municípios entre o sudoeste e o centro da Bahia, está inserido no semiárido e como tal apresenta um déficit hídrico desafiador para quem vive da agricultura e da criação de animais. Mas a localidade também é presenteada com a existência do rio homônimo – o maior afluente da margem direita do rio São Francisco – que desce da Serra das Almas e corta quase 50km de sertão.

Em 1961, a extinta Comissão do Vale do São Francisco (CVSF) promoveu estudos preliminares que indicaram condições favoráveis para agricultura irrigada no Vale do Paramirim. A análise não foi novidade para a população: a construção de açudes de madeira com o objetivo de perenizar o rio é uma prática secular na região, que sobrevive hodiernamente. Até a década de 90, as barragens de aroeira – madeira típica do sertão nordestino – eram o principal recurso utilizado por lavradores para garantir a irrigação durante os meses de estiagem. Mas a tecnologia, bastante rústica, não é capaz de reter água suficiente, além da localidade rapidamente começar a sofrer com a escassez da madeira e com o desmatamento desenfreado.

Após muitos anos de luta e mobilizações dos agricultores, em 1980 a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) contratou a empresa construtora que deu início às obras da Barragem do Zabumbão, paralisadas diversas vezes por falta de recursos, até que finalmente findassem em 2000. Anselmo Caires, hoje presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios Paramirim e Santo Onofre (CBH PASO), acompanhou o processo desde o início: “Trabalhei na empresa que iniciou as obras e conheço a luta por essa barragem desde a sua concepção. Ela existe, sobretudo, pelo poder de mobilização da população local, que quer continuar vivendo e produzindo no Vale do Paramirim”.

O alagadiço cobre uma área de quase 3 mil hectares e é cercado por montanhas, atravessado por ilhas e abriga pássaros, répteis e peixes. Contemplar a imensidão do espelho d’água faz lembrar aqueles versos sobre deitar-se em berço esplêndido. A Barragem do Zabumbão foi construída em um vão de 160 metros, unindo o Morro da Estrela e a Serra do Cruzeiro, formando um reservatório de 8km de extensão rio acima. Com os objetivos iniciais de garantir o abastecimento de água, assegurar a irrigação das lavouras e aumentar a produção, a água hoje serve para beber, dá o peixe e é fonte de lazer.

Jovane Sales nasceu em Macaúbas-BA. Desde criança sempre foi apreciador da leitura; concluiu o curso magistério com apenas 17 anos de idade. Com seu carisma, conquistou amizade das crianças, jovens e principalmente das pessoas com mais idade. Jovane Sales sempre gostou de política, foi Vereador, trabalhou na Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa da Bahia e atualmente é funcionário concursado da Prefeitura de Macaúbas. Pensando na população ele criou um Blog para atualizar a todos sobre o que está acontecendo na Região da Bacia do Paramirim, Bahia, Brasil e mundo.

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