ROMARIA DE BOM JESUS DA LAPA 2022: A TRADIÇÃO DO POVO

De todos os lugares da Bahia e do Brasil, de carro, de bicicleta e até mesmo a pé os romeiros do Bom Jesus chegam até a cidade de Bom Jesus da Lapa.

Essa diversidade de pessoas e de histórias foram destaque em matéria do Jornal dá Rede Globo.

A Romaria do Bom Jesus é símbolo de fé e os romeiros a cada ano que passa recarregam a sua fé aos pés do Bom Jesus.

Muito bom ver a Romaria do Bom Jesus da Lapa novamente lotar a esplanada com as suas emocionantes celebrações.

A Romaria do Bom Jesus realmente se tornou referência para todo o Brasil e o Ex-Prefeito Eures Ribeiro contribuí muito para esse crescimento.

A cidade de Bom Jesus da Lapa, que tem o turismo religioso como um dos pilares da sua economia, foi criada a partir da ocupação de um complexo de grutas pelo pintor português Francisco de Mendonça Mar, em 1691.

De acordo com a história oficial do santuário, ele saiu como um errante de Salvador com uma imagem do Bom Jesus e de Nossa Senhora Soledade e, depois de peregrinar durante meses por regiões inóspitas, o futuro monge encontrou um morro, em cujas grutas passou a morar e a atender material e espiritualmente os moradores do sertão.

Localizado nas proximidades do rio São Francisco, o morro calcário de 90 m e as grutas foram transformadas em santuário, que hoje abriga a catedral de Bom Jesus da Lapa. Considerado a ‘meca’ do catolicismo do povo sertanejo, o local é tido como sagrado e ao Bom Jesus são atribuídas muitas curas.

Durante mais de 300 anos de romaria, os meios de locomoção foram incrementados, mostrando bem a passagem do tempo. Se antes os peregrinos vinham à pé, no lombo dos animais ou em embarcações movidas à vara e remo, agora eles têm a facilidade dos motores para chegar ao seu destino.

Essa evolução foi acompanhada pela família da professora Tereza de Souza, 33 anos. “Minha avó contava que quando era criança já vinha para a gruta com os pais de canoa. Quando eu era criança, vinha com minha família de pau-de-arara e hoje trago meus filhos de ônibus. Graças a Deus, com mais conforto e segurança, mas com a mesma fé”, diz enfática.

Apesar das mudanças, os chapéus continuam a caracterizar os romeiros. De acordo com o reitor do santuário, o padre Roque Silva, no tempo em que os fiéis vinham a pé ou montaria, haviam muitos bandos de assalto pelas estradas. “Eles (os assaltantes) só deixavam passar os romeiros do Bom Jesus, que deveriam se identificar com o chapéu”, conta.

“Os chapéus de palha são encobertos por um pano branco, simbolizando a paz e adornados por uma fita verde, que representa a esperança de chegar no santuário”, destaca o padre, dizendo que essa tradição é mantida principalmente pelos romeiros que vêm do Sul e Extremo Sul da Bahia.