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ELEIÇÕES 2022: RAPIDINHAS DAS ELEIÇÕES DO ESTADO DA BAHIA

Determinado a concorrer à reeleição, Otto Alencar sustou plano de Lula e Rui de transformarem-no em candidato ao governo

Otto Alencar Governador, Rui Costa ministro, João Leão senador e Ronaldo Carletto vice: a chapa abortada na reunião de SP com Lula.

O senador Otto Alencar (PSD) é o maior empecilho para a execução do plano pelo qual, mudando o que estava até agora programado no grupo governista, ele sairia candidato ao governo em outubro, em substituição ao senador Jaques Wagner (PT), tendo em sua chapa o hoje governador Rui Costa (PT) como candidato ao Senado.

Otto teria externado claramente sua desanimação com a ideia durante o encontro que teve em São Paulo com Rui, Wagner e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, na presença de Lula, jogando um verdadeiro balde de água fria naqueles que imaginavam que seria facilmente convencido pelo ex-presidente da República.

A reunião fora articulada por Lula com Rui com o objetivo de dar uma demonstração de boa vontade ao PSD, partido que o líder petista gostaria de ver apoiando sua candidatura presidencial, e ao mesmo tempo criar as condições para que o governador se eleja senador, atendendo ao projeto petista de formar bancadas no Congresso.

Mas Otto teria feito ponderações sobre sua idade e saúde, que não gostaria de desgastar numa campanha como titular de uma chapa majoritária, e a dificuldade para assegurar a estrutura para bancá-la, principalmente entre os meses de abril a julho, já que os recursos do fundo eleitoral só estarão disponíveis a partir de agosto.

Wagner, por sua vez, mesmo a contragosto, não fez óbice à proposta, mais por avaliar que ela poderia ser benéfica para garantir o apoio do PSD nacional à candidatura de Lula do que por garantir a eleição de Rui ao Senado, a qual, desde o princípio, não encara com bons olhos.

Para assegurar que o plano não imporia fraturas à bem sucedida coalizão governista, integrada também pelo PP, Rui chegou a apresentar a proposta de transformar o vice-governador João Leão em seu suplente ao Senado, com a garantia de que o progressista assumiria o mandato de senador com sua ida para um eventual ministério de Lula.

Ao plano, naturalmente, Lula deu total aval.

Avançando ainda mais com relação ao contorno que a articulação teria, Rui e ele chegaram a apresentar a conformação completa da chapa: Além de integrada por Otto, na cabeça, e o governador disputando a Senatória, incorporaria como nome do PP na vice o deputado federal Ronaldo Carletto.

O parlamentar vinha sendo dado como carta fora do baralho há meses, mas foi ressuscitado pelo governador.

Na visão de um parlamentar petista que teve acesso prévio ao conteúdo que Rui levaria para a reunião, a equação seria perfeita, porque contemplaria Rui, como ministro, Leão, como senador, Otto, como governador, e Carletto, de vice.

Quanto a Wagner, completaria seu mandato de senador ao lado de outro aliado, Angelo Coronel (PSD), que, como ele, tem cinco anos de mandato pela frente.

“Não tem como você não dizer que todos sairiam ganhando”, avaliou a mesma fonte para o Política Livre ainda ontem à noite, depois que, em seguida à reunião, Wagner anunciou que continuava candidato ao governo.

Os desdobramentos do encontro foram acompanhados com nervosismo ontem à tarde de longe pelos deputados do PT – estaduais e federais  – à espera do que seria definido e do impacto da retirada da candidatura do PT em suas campanhas.

Alguns deles chegaram a tratar o plano de Rui e Lula como um verdadeiro “golpe” em Wagner.

Aliados como a deputada federal Lídice da Mata (PSB) trataram de exaltar a manutenção da candidatura do senador petista em suas redes sociais.

Muitos, no entanto, no próprio PT, acreditam que Lula não se dará por vencido em relação à negativa de Otto, voltando à carga para tentar convencer o senador em nova oportunidade.

Geraldinho fora, o comunista super sincero e a caça aos prefeitos de Marcelo Nilo

No mundo político, quase ninguém acredita mais na candidatura do presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), a deputado federal no pleito deste ano. Segundo relatos de vereadores que participaram da reunião de líderes na última terça-feira 08.fev.2022, o edil avisou que deve desistir se o pré-candidato a governador pelo União Brasil, ACM Neto, não garantir 200 mil votos para a chapa do MDB.

Geraldinho deve fazer o anúncio oficial no início de abril, se lançando, no mesmo dia, como candidato novamente à presidência da Câmara Municipal. Resta só combinar com o Supremo Tribunal Federal (STF), que já declarou ser inconstitucional um novo mandato de presidente numa mesma legislatura.

Ex-ministro Geddel Viera Lima e o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA)

Nominata emedebista

Os chefões do MDB baiano, Geddel e Lúcio Vieira Lima, têm dito nas negociações com o PT e o União Brasil que pode ganhar o apoio do partido aquele que garantir mais votos nas eleições proporcionais para os emedebistas. Ou seja, aquele candidato a governador que ajudar a sigla a construir uma nominata (relação de postulantes a deputado estadual e federal) mais forte. O senador Jaques Wagner (PT) já sinalizou que pode encaminhar a filiação do ex-secretário estadual de Saúde Fábio Vilas-Boas, pré-candidato a deputado federal, à legenda dos Vieira Lima.

Daniel Almeida, o super sincero

Em entrevista a uma rádio de Salvador, na segunda 14.fev.2022, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) bancou o super sincero e demonstrou reprovar o comportamento político daqueles que estão na base do governador Rui Costa (PT) e que, no Congresso Nacional, apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Este é o caso do PP do vice-governador João Leão. “É lamentável. Infelizmente, na bancada baiana, nós temos um comportamento dúbio em muitos assuntos. Muitos parlamentares que aqui têm alinhamento com o governo democrático e de esquerda do governador Rui Costa lá são líderes, apoiadores do governo Bolsonaro, e votam de acordo com interesse do toma lá dá cá. E não são poucos os baianos que têm esse comportamento.

Tem a emenda de relator, a emenda do orçamento secreto. São coisas incompatíveis”, disse o comunista.

Caça aos prefeitos de Nilo

O governador Rui Costa (PT) não ficará satisfeito apenas em retirar os apadrinhados do deputado federal Marcelo Nilo (PSB) das estruturas do governo do estado. O petista quer ainda atrair os prefeitos da base do ex-presidente da Assembleia, para que não votem com a oposição.

Na semana passada, Rui teve reuniões com os prefeitos de Monte Santo, Silvânia Matos (PSB), de Cocos, Dr. Marcelo (PL), e de Pau Brasil, Babi do Prado (PSB).

O recado é claro: evitar um fortalecimento maior do pré-candidato do União Brasil ao Palácio de Ondina, ACM Neto, e enfraquecer uma eventual candidatura de Nilo ao Senado.


PDT pró-Neto

O PDT da Bahia ainda não formalizou o apoio à pré-candidatura de ACM Neto (União Brasil) a governador, mas já deu demonstrações de que tudo caminha neste sentido. No último sábado 12.fev.2022, em Itacaré, o partido capitaneou uma reunião política que contou com a presença de uma plateia política 100% netista.

Estavam lá lideranças do União Brasil, a exemplo do deputado estadual Alan Sanches, e do MDB, como o presidente municipal da sigla, Vladimir Reis. Teve até gente com camisa de apoio ao ex-prefeito de Salvador.

O presidente do PDT baiano, deputado federal Félix Mendonça Júnior, se sentiu em casa.

O soldado e o capitão 1

Os bolsonaristas que acompanham o deputado estadual Capitão Alden (PSL), pré-candidato a uma cadeira na Câmara Federal, estão desconfiados do parceiro de dobradinha do oficial nas eleições de 2022: o deputado Soldado Prisco (PSC). Dizem que Prisco não era armamentista, por exemplo, e só começou a defender a ideia recentemente. Não acreditam na “endireitada” de Prisco, que é apoiador de ACM Neto (União Brasil), enquanto Alden defende a candidatura do ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos). Recordam ainda que o soldado criticava dobradinhas de praças com oficiais. Referia-se aos primeiros como “pelegos”.

O soldado e o capitão 2

Outra crítica dos bolsonaristas ao Soldado Prisco é que o ex-PM não estaria dando o devido retorno ao Capitão Alden na disputa por uma cadeira na Câmara Federal. Dizem que a dobradinha parece ter uma mão única e que Prisco virou “papagaio de pirata” de Alden, que também não estaria, segundo a fonte, satisfeito com o retorno que está tendo. Os bolsonaristas que estão desconfiados do soldado agora o chamam de “guizo”, termo utilizado entre militares para se referir a praças que vivem à sombra de oficiais.

Entrevero grapiúna

Reconduzido à presidência estadual do PL até 2024, José Carlos Araújo já iniciou o novo mandato tendo que resolver um entrevero com o vereador de Itabuna, Sivaldo Reis (PL).

Para defender o prefeito Augusto Castro (PSD), o edil afirmou, na sexta-feira 11.fev.2022, que Araújo “visita a cidade de ano em ano” e, por isso, não teria como avaliar o trabalho do gestor municipal. Na segunda 14.fev.2022, o presidente do PL afirmou a uma rádio local que vai à cidade quatro ou cinco vezes por ano e que é Sivaldo quem não conhece Itabuna por ter medo de ir para a rua.

“Esse vereador tem medo do povo, tem medo de ir pra rua e não vê as pessoas”. Na cidade do sul baiano, dizem que o edil quer cavar uma expulsão da sigla que hoje abriga do presidente Jair Bolsonaro.

As placas do senador

Os políticos mais velhos que acompanham as inaugurações ao lado do governador Rui Costa em que o senador Jaques Wagner (PT) está presente sugerem, em tom de brincadeira, que o parlamentar petista imite o falecido senador ACM, que, fossem obras inauguradas pelos ex-governadores Paulo Souto ou César Borges, sempre tinha o nome estampado nas placas. Nesta placa de inauguração do aeroporto de Cipó, o nome de ACM surge até acima do nome de Souto.

Conselho de avó

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), contou nesta segunda (14) que a avó não foi muito favorável à ideia de que ele trabalhasse com política e gostou muito menos quando o gestor anunciou que seria assessor de ACM Neto, em 1999. Dona Alita Ribeiro de Araújo Soares havia ameaçado se separar do esposo se ele se candidatasse a prefeito de Xique-Xique, contou Bruno Reis.

O casal acabou deixando a cidade rumo a Juazeiro. Pelos planos da avó, que o criou como filho, o atual prefeito da capital teria prestado concurso para ser auditor fiscal.

“Verdes” querem manter cargos, o dilema das federações e a confiança de Zé Ronaldo e lutam por cargos

Prestes a formar uma federação com o PT, o PV se movimenta nos bastidores para manter os cargos que tem na prefeitura de Salvador. No primeiro escalação, o partido espera continuar à frente da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), hoje capitaneada por Edna de França Ferreira. O entendimento da legenda na Bahia é que, mesmo sendo obrigado a apoiar a candidatura do senador Jaques Wagner (PT) ao governo estadual, por força de uma decisão nacional a favor da federação, em 2020 os “verdes” marcharam com Bruno Reis (DEM), eleito prefeito naquele ano. Outro argumento a favor dos indicados é que o PV baiano se colocou contrário à união com o PT.

Prazo das federações

O PSB e o PCdoB também devem fazer parte da federação com o PT e o PV. Aliás, dirigentes partidários na Bahia aguardam a definição dessas uniões, negociadas por diversas outras legendas, para amarrar conversas e alianças. Siglas como o União Brasil, o PSDB, o MDB, o Podemos e o Cidadania estão negociando a formação de federações. A Justiça Eleitoral estabeleceu, inicialmente, o prazo até 1° de março para o pedido de formalização dos pedidos. Os partidos menores enxergam nessa nova modalidade de “casamento” uma maneira de driblar a cláusula de barreira, que define, baseado nos resultados eleitorais, se as siglas receberão recursos dos fundos partidário e eleitoral.

Sem perdão

As negociações nacionais envolvendo a formação de uma federação entre o MDB e o PSDB esbarram em problemas regionais, inclusive na Bahia. Por aqui, o presidente de honra dos emedebistas, Lúcio Vieira Lima, não quer nem saber de aproximação com um dos principais caciques tucanos, o prefeito João Gualberto, de Mata de São João.

Lúcio nunca conseguiu perdoar as críticas públicas feitas por João Gualberto ao MDB, em 2018, por conta da prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no episódio envolvendo os R$51 milhões encontrados em um apartamento.

De BolsoRui para Neto

Um dos deputados federais baianos que integram atualmente a base denominada BolsoRui – estão nacionalmente com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o governador Rui Costa (PT) na Bahia – ficará ao lado do ex-prefeito ACM Neto (DEM) nas eleições.

O parlamentar, que prefere não se identificar ainda, afirmou à coluna que fará o anúncio em março. Embora faça oposição a Bolsonaro, vale lembrar que o deputado federal Marcelo Nilo (PSB) é outro que, abertamente, admite a possibilidade de deixar a base do governador Rui Costa para apoiar o ex-prefeito de Salvador.

Aguarda apenas um convite formal para ser candidato a senador.

O troco

O Palácio de Ondina também trabalha para atrair para a base aliada bolsonaristas e ex-bolsonaristas. Além de atrair o deputado federal Tito (Avante), que é do mesmo partido que o Pastor Isidório, Rui Costa e o senador Jaques Wagner (PT) querem conquistar bolsonaristas principalmente no oeste baiano.

Outro alvo é o deputado federal Raimundo Costa, do PL, que se reuniu com o governador, mas não definiu apoio a Wagner. Os petistas também querem atrair para a base o deputado estadual Josafá Marinho (Patriota).

Ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, confiança em alta

O ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo de Carvalho (DEM) garante que não enxerga o deputado federal Marcelo Nilo (PSB) como um concorrente na briga por um lugar na chapa de ACM Neto (DEM). O democrata tem dito a aliados que está confiante de que, se não disputar o Senado, será o candidato a vice-governador. Zé Ronaldo tem afirmado que quem vai escolher a posição na qual vai jogar é o cabeça de chapa.

Contágio sigiloso

Inúmeros políticos baianos divulgaram nas últimas semanas que testaram positivo para Covid-19 nessa nova onda da variante Ômicron. O líder da oposição na Assembleia, Sandro Régis (DEM), fez o anúncio com naturalidade, assim como a deputada federal Alice Portugal (PCdoB), ambos em janeiro.

Mas a secretária de Ordem Pública de Salvador, a emedebista Marise Chastinet, testou positivo e não quis que ninguém soubesse. Mas, na secretaria, as paredes têm ouvidos e não têm bocas mudas.

Juventude

Uma das missões passadas à Juventude do Democratas é visitar o interior do estado e formar militância nas cidades em que o presidente nacional do partido e pré-candidato ao governo, ACM Neto, não tem este apoio entre o público jovem.

Os democratas buscam consolidar uma militância jovem que faça frente a grupos semelhantes de esquerda pelo interior, uma vez que entendem que, na capital, têm vantagem junto a esse eleitorado.

FONTE: Toda Bahia, Política Livre, Blog Jovane Sales

Jovane Sales nasceu em Macaúbas-BA. Desde criança sempre foi apreciador da leitura; concluiu o curso magistério com apenas 17 anos de idade. Com seu carisma, conquistou amizade das crianças, jovens e principalmente das pessoas com mais idade. Jovane Sales sempre gostou de política, foi Vereador, trabalhou na Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa da Bahia e atualmente é funcionário concursado da Prefeitura de Macaúbas. Pensando na população ele criou um Blog para atualizar a todos sobre o que está acontecendo na Região da Bacia do Paramirim, Bahia, Brasil e mundo.

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