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VITÓRIA DA CONQUISTA: HISTÓRIA CONTADA POR IVAN MESQUISTA1 SUCESSO DAS REDES SOCIAIS

“Jóia do Sertão Baiano”

O arraial da Conquista foi fundado pelo sertanista João Gonçalves da Costa, e o Mestre de Campo João da Silva Guimarães, líder da Bandeira responsável pela ocupação territorial do sertão, iniciada em 1752. A origem do núcleo populacional está relacionada à busca de ouro, à introdução da atividade pecuária e ao próprio interesse da metrópole portuguesa em criar um aglomerado urbano entre a região litorânea e o interior do sertão. Portanto, integra-se à expansão do ciclo de colonização dos fins do século 18.

Através da Lei Provincial N.º 124, de 19 de maio de 1840, o arraial da Conquista foi elevada à Vila e Freguesia, com território desmembrado do município de Caetité, verificando-se sua instalação em 9 de Novembro do mesmo ano. Em ato de 1º de Julho de 1891, a imperial Vila da Vitória, como ficou designada a categoria de cidade, recebendo, simplesmente, o nome de Conquista. Finalmente, em Dezembro de 1943, através da Lei Estadual N.º 141, o nome do Município é modificado para Vitória da Conquista.

Juridicamente, o Município de Vitória da Conquista esteve ligado a Minas do Rio de Contas, depois, em 1842, ficou sob a jurisdição da Comarca de Nazaré. Por Decreto N.º 1.392, de 26 de Abril de 1854, passou a termo anexo à Comarca de Maracás e, posteriormente, à Comarca de Santo Antônio da Barra (atual Condeúba), até 1882, quando se transformou em comarca.

Até a década de 1940, a base econômica do município se fundava na pecuária extensiva. A partir dai, a estrutura econômica e social entraria em um novo estágio, com o comércio ocupando um lugar de grande destaque na economia local. Em função de sua privilegiada localização geográfica, com a abertura da estrada Rio-Bahia (atual BR-116) e da estrada Ilhéus-Lapa, o município pode integrar-se às outras regiões do estado e ao restante do país; e logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do sudoeste da Bahia e norte de Minas.

O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoiós, subgrupo Camacãs, Ymborés (ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das Contas.

Os índios mongoiós (ou Kamakan), aimorés e pataxós pertenciam ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos religiosos. Os mongoiós costumavam fixar-se numa determinada área, enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.

Os aimorés, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios – daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos.

Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras. Já os pataxós não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de suas principais atividades. Também praticavam a agricultura. Há pouca informação a respeito dos Pataxós, o que se sabe é foram mortos o resto expulsos pelos brancos invasores de terra em busca do ouro.

Os relatos afirmam que os Mongoiós ou Kamakan era donos de uma beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais. Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas, como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres mongoiós eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam pela qualidade. Os mongoiós eram festivos, tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.

Aimorés, Pataxós e Mongoiós travaram várias lutas entre si pela ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada era garantia de alimento para a comunidade.

Os índios e os invasores, a ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada com a conquista dos povos indígenas.

Índios PataxóPrimeiro, João Gonçalves da Costa enfrentou o povo Ymboré. Valentes, resistiram à ocupação do território. Por causa da fama de selvagens, foram escravizados pelos colonizadores.

Os Mongoyó tinham primitivamente naqueles índios os seus principais inimigos por serem eles ferozes e cruéis e que impediam a circulação na região quando saiam em busca de caças, por isto, se aliaram aos portugueses para derrotá-los, o que foi uma estratégica errada e fatal, nem imaginavam que crueldade viria a seguir, pois tanto os portugueses como os vigários religiosos estavam interessados apenas no ouro e em suas terras, esta aliança macabra apenas selou o destino de todas as tribos indígenas da região.

Depois dos Ymboré, foi a vez dos Pataxó. Eles também resistiram à ocupação estrangeira, mas acabaram se refugiando para o sul da Bahia, onde, em número reduzido, permanecem até hoje, lutando para preservar sua identidade e seus costumes, com o apoio da FUNAI.

Os Kamakan-Mongoyó conseguiram estabelecer relações mais estreitas com os colonizadores a fim de garantir sua manutenção como povo. Ajudaram os portugueses na luta contra os Ymboré.

Em 1782, ocorreu a batalha que entrou para a história de Vitória da Conquista como uma das mais importantes. Sabe-se que naquele ano, aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da Costa e os índios. Os soldados, já fatigados, buscavam forças para continuar o confronto. Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta, diante da fraqueza de seus homens, João Gonçalves da Costa teria prometido coisas fantasiosas e místicas aos seus soldados para prosseguirem com massacre.

Essa promessa foi um estimulante aos soldados que acreditavam em qualquer coisa além de seu conhecimento primitivo, revigorados, conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da colina. A História nos relata que no período de 1803 e 1806, os colonizadores e os indios nativos viviam momentos de paz e animosidade, durou apenas (3) anos.

Os Mongoyó, sempre valentes guerreiros, continuavam a sofrer e não esqueciam as derrotas passadas perante os colonizadores e preparavam vinganças, mesmo depois de firmar acordo de paz. Passaram então a usar de um atifício para emboscar e matar os invasores estabelecidos no povoado. A estratégia consistia em convidar os colonizadores a conhecerem pássaros e animais selvagens nas matas próximas as matas do Poço Escuro, atualmente uma reserva florestal.

Ao embrenhar na mata o índio então com ajuda de outros, já dentro da mata emboscava e matava o homen branco, desaparecendo com o corpo, Isto de modo sucessivo, até que um colono, após luta corporal, conseguiu fugir e avisar às autoridades estabelecidas e demais colonos qual foi o destino de tantos homens desaparecidos, este relato pode ter sido proposital, com objetivos de enfurecer as autoridades a ficarem livres definitivamente deles, índios sem florestas é como peixe fora da água, tornam-se dependentes como crianças dos pais.

Assim se deu a vigança, tamanha crueldade que só poderia partir dos brancos invasores. Foram então os índios chamados a participar de uma festa e quando se entregavam à alegria foram cercados de todos os lados e quase todos mortos. Depois disto os indios embrenharam-se nas matas e o arraial conseguiu repouso e segurança. Êste episódio passou a se chamar de o “banquete da morte”.

Os relatos mais precisos sôbre os índios, os colonizadores, a botânica e os animais que aqui viviam no período da colonização, foi feito pelo Princípe Maximiliano de Wied Neuwied ou Prinz Maximilian Alexander Philipp von Wied-Neuwied, naturalista e botânico alemão, no livro “Viagem ao Brasil”, no trecho “Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de Conquista”, quando aqui passou em março de 1817.

Estudos da UESB, afirmam que os índios de Vitória da Conquista, se estabeleceram em comunidades próximas à atual cidade, como a do Boqueirão, próxima ao distrito de José Gonçalves e Ribeirão do Paneleiro, perto do bairro Bruno Bacelar. A forma de construir as casas destas comunidades, a plantação de milho e mandioca, a produção de artesanato nos dias atuais são indícios dessa ancestralidade indígena. Identificadas hoje como comunidades negras escravos trazidos a região, tem origem na miscegenação de índios e negros.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de vila com a denominação de Vitória pela Lei Provincial n.° 124, de 19-05-1840, desmembrado do município de Caetité. Sede na antiga povoação de Vitória. Constituído do distrito sede. Instalada em 09-11-1840.

A cidade se destaca por possuir um comércio forte e muito dinâmico contando com grande número de empresas além de um shopping Center, o Conquista Sul.Com um clima Tropical de Altitude, é uma das cidades que registram as temperaturas mais amenas do estado da Bahia, chegando a até 6 C°, e por isso é chamada de Suíça Baiana.

Jovane Sales nasceu em Macaúbas-BA. Desde criança sempre foi apreciador da leitura; concluiu o curso magistério com apenas 17 anos de idade. Com seu carisma, conquistou amizade das crianças, jovens e principalmente das pessoas com mais idade. Jovane Sales sempre gostou de política, foi Vereador, trabalhou na Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa da Bahia e atualmente é funcionário concursado da Prefeitura de Macaúbas. Pensando na população ele criou um Blog para atualizar a todos sobre o que está acontecendo na Região da Bacia do Paramirim, Bahia, Brasil e mundo.

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