COM A INDECISÃO DO PT EM DEFINIR O CANDIDATO A DEBANDADA PARA ACM NETO DISPARA, OS PARTIDOS SOLIDARIEDADE E CIDADANIA ANUNCIARAM APOIO À PRÉ-CANDIDATURA DE ACM NETO E O PP JÁ ESTÁ EM NEGOCIAÇÃO…
Pré-candidato ao governo da Bahia, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil 44) recebeu na terça-feira 08.mar.2022 o apoio do Partido Solidariedade.
O acordo foi selado em Brasília, em um encontro que contou com as participações dos presidentes nacional e estadual do partido, o deputado Paulinho da Força e Luciano Araújo, respectivamente, além de outros dirigentes da sigla.
“Estamos na base de ACM Neto desde sua primeira eleição para a Prefeitura de Salvador e vamos marchar juntos na campanha para o governo do Estado porque ele (ACM Neto) é o único candidato que pode colocar a Bahia na rota do desenvolvimento”, disse Luciano Araújo.
Na Bahia, o Solidariedade conta com 60 vereadores e três prefeitos. “Vamos disputar as eleições com 40 candidatos à Câmara Federal e 64 postulantes à Assembleia Legislativa”, disse Luciano Araújo.
Após o encontro, o ex-prefeito ACM Neto afirmou que o apoio do Solidariedade é muito importante em sua campanha. “No sábado passado recebemos o apoio do Cidadania e hoje, do Solidariedade. Estamos fortalecendo nossa base com partidos que têm compromisso com as aspirações dos baianos”, concluiu ACM Neto.
E o PP do Vice-governador João Leão?
O PP nacional está disposto a bancar toda a estrutura do partido e de seus parlamentares na Bahia por meio do governo Jair Bolsonaro (PL), caso o maior líder da legenda no Estado, João Leão, vice-governador baiano, decida romper com o PT e apoiar a candidatura de ACM Neto (DEM) ao governo.
A informação foi transmitida diretamente pelo presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI), a uma fonte nacional deste Política Livre, alegando, entre outros motivos, a facilidade para a abertura de um canal de interlocução que a adesão poderia possibilitar entre o governo federal e o democrata na Bahia, hoje inexistente.
Com o posicionamento de Ciro, considerado no PP “o primeiro ministro” do governo Jair Bolsonaro, a decisão quanto a marchar com Neto ou ficar na base passou a ser basicamente de Leão, em torno de quem, pela primeira vez nesta campanha, todo o PP se uniu em solidariedade.
Das bancadas federal e estadual aos prefeitos progressistas, passando por lideranças do interior, todos acham que o vice-governador foi “humilhado” pelo PT e o senador Jaques Wagner (PT), que teriam “passado de todos os limites” em relação a qualquer possibilidade de manter o partido como aliado.
Depois de sinalizar reservadamente várias vezes a Rui que não fazia sentido ele disputar o Senado entregando o governo a Leão, Wagner, representando o pensamento unânime do PT, assumiu a liderança do processo e estabeleceu que o governador permaneceria no governo e o partido teria candidato próprio à sucessão estadual.
O anúncio jogou por terra uma combinação que envolvia apenas – agora, se sabe – Rui e Leão, abrindo uma crise, pelo que se comenta nos bastidores do PP, irreversível.
Há informações de que Leão, de fato, já passou a maturar a ideia do rompimento, em decorrência da grande pressão que tem recebido dos correligionários.
Ele hoje pode usar o argumento de que foi excluído e traído pelo PT para justificar a adesão a Neto, o que o senador Otto Alencar (PSD), cuja reeleição também pode ter sido colocada em perigo com a retirada da candidatura de Wagner ao governo em favor de um nome que os petistas ainda não escolheram, não tem, por exemplo, como alegar.
O líder do PP, no entanto, deve ter, primeiro, um encontro com Lula para dizer que, lamentavelmente, não teve o tratamento adequado dos representantes de seu partido na Bahia, apesar de todo o respeito e consideração que sempre devotou ao ex-presidente, em particular, e aos petistas baianos, em geral.
Na chapa de Neto, Leão pode assumir a candidatura ao Senado ou indicar o vice, já que não pode mais concorrer ao cargo que exerceu em dois mandatos consecutivos ao lado do PT.
Seu filho, o deputado federal Cacá, muito prestigiado por Ciro, é também avaliado para concorrer em seu lugar.
FONTE: Política Livre e Blog Jovane Sales