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COVID-19 / ÔMICRON: MUNDO REGISTRA 3,6 MILHÕES DE CONTAMINADOS EM 24 HORAS E BATE RECORDE

A disparada de casos da variante ômicron no Brasil fez estados e capitais retomarem restrições. Mas as medidas estão bem mais brandas do que quando havia recordes no número de mortes por Covid-19. Agora, continuam funcionando restaurantes, bares e demais serviços não essenciais.

Em São Paulo, por exemplo, o governo recomendou apenas que estádios e eventos culturais limitem o público a 70% e exijam comprovante de vacinação. A obrigatoriedade do uso de máscaras foi prorrogada até 31 de março. Enquanto isso, em todo o país há risco de falta de testes de Covid, segundo alertou associação de laboratórios. A

Anvisa trabalha para aprovar até terça-feira o uso de autotestes no país, o que poderá desafogar a alta demanda.

Mundo registra 3,6 milhões de casos de Covid em 1 dia e bate novo recorde

EUA seguem liderando ranking de novas infecções (894 mil em 24h), mas o recorde desta vez foi impulsionado pela Índia, que registrou seu maior número diário de casos da pandemia (442 mil).

Peregrinos hindus chegam à confluência do rio Ganges e da Baía de Bengala para o festival “Makar Sankranti”, na Ilha Sagar, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no estado oriental de Bengala Ocidental, na Índia, em 13 de janeiro de 2022 — Foto: Rupak De Chowdhuri/Reuters

Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírus, o mundo registrou mais de 3,67 milhões de casos de Covid-19 em apenas 24 horas. É o 5º recorde diário de novos infectados nos últimos 10 dias.

Os Estados Unidos seguem liderando o ranking de novas infecções (894 mil), mas o recorde mundial desta vez foi impulsionado pela Índia, que registrou seu maior número diário de casos desde o início da pandemia: 442 mil.

Antes da atual onda, o maior número de infectados em 1 dia no mundo era de 905 mil, registrados em 25 de abril de 2021, em meio ao colapso sanitário na Índia causado pela variante delta. O recorde de casos do país era de 414 mil, registrados em 6 de maio de 2021.

Os 10 países com mais casos confirmados nas últimas 24 horas foram:

Estados Unidos: 894 mil
Índia: 442 mil
França: 361 mil
Itália: 196 mil
Espanha: 179 mil
Austrália: 175 mil
Argentina: 131 mil
Reino Unido: 129 mil
Brasil: 87 mil
Alemanha: 86 mil

O Brasil voltou a ser um dos dez países com mais infectados, mesmo com o apagão de dados e a instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde. Foram 87 mil novos casos nas últimas 24 horas, e a média móvel voltou a ficar acima de 50 mil pela 1ª vez em 6 meses.

Na segunda-feira 10.jan.2022, os Estados Unidos registraram um recorde de 1,35 milhão de novas infecções, o número diário de casos mais alto de qualquer país, segundo dados da agência de notícias Reuters.

Na terça-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que metade da população na Europa terá sido infectada com a variante ômicron nas próximas seis a oito semanas.

E na quarta-feira 12.jan.2022, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) informou que, devido à ômicron, as infecções por Covid-19 nas Américas quase dobraram na última semana.

“As infecções estão acelerando em todos os cantos das Américas e, mais uma vez, nossos sistemas de saúde estão enfrentando desafios”, alertou Carissa Etienne, diretora da Opas.

Ômicron prevaleceu em 98,7% das amostras analisadas no Brasil, diz levantamento

  • 1 – Por que a ômicron é tão contagiosa?

Segundo a epidemiologista Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19, há três razões principais:

  • Esta variante do vírus desenvolveu mutações que permitem a ela aderir mais facilmente às células humanas;
    temos “escape de imunidade”. Ou seja, as pessoas podem ser reinfectadas mesmo que tenham tido a doença anteriormente ou tenham sido vacinadas;
    E a ômicron se replica no trato respiratório superior, facilitando a propagação do vírus, diferentemente da delta e de outras variantes que se replicam principalmente no trato respiratório inferior — isto é, nos pulmões.
    O portal Covid Vaccine Hub indica que é difícil estimar o quão transmissível a ômicron é comparado a outras variantes, mas que algumas estimativas da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido sugerem que ela pode ser entre duas e mais de três vezes mais contagiosa que a delta.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) dizem que “é provável” que a ômicron se propague mais facilmente do que o SARS-CoV-2, vírus original causador da Covid-19, mas que “ainda não se sabe” quão fácil se espalha em comparação com a delta.

Os CDC destacam que qualquer pessoa infectada com ômicron pode espalhar o vírus, mesmo que esteja vacinada ou não apresente sintomas.

  • 2. Quais são os sintomas?

         De acordo com o estudo Zoe Covid, liderado pelo epidemiologista Tim Spector, da Universidade King’s College London, no Reino Unido, até agora se sabe que os sintomas mais comuns da variante ômicron são: secreção nasal; dor de cabeça; fadiga (leve ou grave); espirro; e dor de garganta.

Mesmo que, para alguns, a Covid possa parecer “um resfriado forte”, o serviço público de saúde britânico (NHS, na sigla em inglês) indica que devemos continuar atentos aos sintomas clássicos da Covid:

           tosse contínua e súbita; febre ou temperatura alta; e perda ou alteração no olfato e paladar.

  • 3. A ômicron causa uma doença menos grave do que a variante delta? 

Os CDC indicam que são necessários mais dados para saber se a infecção por ômicron causa uma doença menos grave ou fatal em comparação com outras variantes.

Alguns indicadores, no entanto, sugerem que em certos casos a ômicron pode causar sintomas mais leves, mas ainda pode provocar hospitalização e morte, sobretudo em pessoas que não estão vacinadas.

“Naqueles que estão completamente vacinados e com doses de reforço, os sintomas tendem a ser leves. Por outro lado, se a pessoa não é vacinada, os sintomas podem ser bastante graves e levar à hospitalização ou até à morte”, diz Garcia.

A OMS alertou, por sua vez, que a ômicron não deve ser vista como uma doença leve.

“Embora a ômicron pareça ser menos grave em comparação com a delta, especialmente entre os vacinados, isso não significa que ela deva ser classificada como branda”, advertiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, no início de janeiro.

“Assim como as variantes anteriores, a ômicron está hospitalizando e matando pessoas.”

  • 4. As vacinas funcionam contra a ômicron

As pessoas com duas doses do imunizante permanecem protegidas em relação à hospitalização, mesmo que tenham perdido parte da proteção contra a infecção.

Professor Lee ressaltoi que é normal que algumas pessoas imunizadas peguem ômicron, uma vez que as vacinas não são concebidas para impedir a infecção, mas para reduzir as chances de alguém que foi infectado desenvolver uma forma grave da doença ou morrer.

“Até agora, as vacinas provaram ser muito boas na prevenção de doenças graves”, diz Lee.

Os CDC observam que “o surgimento da ômicron enfatiza a importância de se vacinar e tomar uma dose de reforço”.

Em 11 de janeiro, um painel da OMS indicou que é possível que as vacinas contra Covid-19 precisem ser atualizadas para garantir que sejam efetivas contra novas variantes, como a ômicron.

  • 5. Se já tive Covid ou estou vacinado, posso pegar ômicron?

Os estudos realizados até agora mostra que a ômicron tem uma grande capacidade de se esquivar da imunidade adquirida de uma infecção anterior.

O documento estima que o risco de reinfecção com ômicron seja 5,4 vezes maior do que com a delta.

A proteção contra a reinfecção por ômicron fornecida por uma infecção passada pode ser tão baixa quanto 19%, sugere o estudo.

“Se você tomar duas doses da vacina, após pelo menos três meses sua proteção contra infecção ou hospitalização cai para cerca de 30% a 40%”, diz Poland no site da Clínica Mayo.

Segundo ele, com a dose de reforço a imunidade pode chegar a ficar entre 75% e 80%.

“É por isso que ainda usamos máscara. É por isso que ainda mantemos o distanciamento.”

  • 6. Que imunidade obtenho após superar uma infecção com ômicron?

“O que sabíamos das variantes anteriores é que as pessoas com imunidade híbrida (vacina + infecção) desenvolviam uma resposta imune mais potente e duradoura do que aquelas somente vacinadas ou somente infectadas”, diz Salvador Peiró, médico especialista em saúde pública e pesquisador em farmacoepidemiologia na FISABIO, uma fundação de pesquisa biomédica na Espanha.

Peiró alerta, no entanto, que a ômicron tem conseguido infectar pessoas que já tiveram a doença ou que já foram vacinadas, pelo menos depois de um tempo (mais de cinco ou seis meses) desde a vacinação ou infecção.

  • 7. Posso pegar covid novamente após me recuperar da ômicron? Posso ser infectado duas vezes com ômicron?

“Em teoria, sim, embora as reinfecções sejam extremamente raras nos meses seguintes após ter superado a covid”, diz Peiró.

Ele acrescenta que estas reinfecções serão ainda mais raras em pessoas que, além de terem superado a covid, tomaram uma terceira dose da vacina.

O especialista indica que, devido ao quão recente são as infecções, ainda não se sabe por quanto tempo e em que medida estas reinfecções vão ocorrer.

Jovane Sales nasceu em Macaúbas-BA. Desde criança sempre foi apreciador da leitura; concluiu o curso magistério com apenas 17 anos de idade. Com seu carisma, conquistou amizade das crianças, jovens e principalmente das pessoas com mais idade. Jovane Sales sempre gostou de política, foi Vereador, trabalhou na Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa da Bahia e atualmente é funcionário concursado da Prefeitura de Macaúbas. Pensando na população ele criou um Blog para atualizar a todos sobre o que está acontecendo na Região da Bacia do Paramirim, Bahia, Brasil e mundo.

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