DEPUTADO FÉLIX MENDONÇA CONFIRMA EXPULSÃO DE DEPUTADOS DO PDT QUE APOIAM PT E QUE ELEITOR NÃO DEVE SER GUIADO POR PESQUISA ELEITORAL

Com as eleições se aproximando o quadro de pré-candidatos ao governo do estado começa a tomar forma. Na largada está a candidatura do ex-prefeito ACM Neto (DEM) e do Ex-governador e senador Jaques Wagner do PT.
Ambos estão sendo avaliados e de acordo pesquisas de intensão de voto, o DEM lidera, deixando para trás o candidato do PT.

Felix Mendonça (PDT) avaliou a situação e disse que as pesquisas agora, no início, onde se colocam os possíveis candidatos a disputa é apenas um indicativo, no entanto o eleitor não deve ser guiado por ela, pois, ela mostra o momento e não o futuro.

“Na minha ótica existe um desgaste natural. São 16 anos de PT, com Wagner e Rui Costa. Nesses 16 anos estamos com os piores índices de segurança. A Bahia está sendo campeã na mortalidade e a educação está sendo um desastre. A segurança e a educação estão na zona de rebaixamento. O estado está figurando os piores lugares. Então se não conseguiram nesse tempo eu acho que é preciso oxigenar e dar oportunidade a novos grupos”, opinou.
Para Mendonça, o ex-prefeito ACM Neto fez uma excelente gestão em Salvador. O deputado pontua ainda que para uma candidatura se sustentar, basta apenas lançar um candidato que saiba trabalhar com presteza, “quando vierem às eleições, colocar na Bahia o que há de melhor”, exemplifica.

Na véspera da convenção que vai oficializar a pré-candidatura de Ciro Gomes à presidência, o deputado federal Félix Mendonça Jr., que comanda o PDT na Bahia, confirmou na quarta-feira, 19, a expulsão da legenda dos deputados estaduais Euclides Fernandes e Roberto Carlos, que decidiram pelo apoio ao PT na eleição local deste ano.

O PDT não tem candidato ao Palácio de Ondina e não tem garantia de compor chapa majoritária, mas há anos apoia o grupo de ACM Neto na capital, ocupando a vice-prefeitura e cargos importantes.
O presidente do DEM e futuro secretário do União Brasil, partido que nasce da fusão da sigla com o PSL, mantém uma boa relação com Ciro.

Ex-prefeito de Salvador, ACM Neto fez o seu sucessor Bruno Reis em 2020, e provavelmente vai disputar a eleição contra o ex-governador e senador, Jaques Wagner (PT), e o ministro da Cidadania de Jair Bolsonaro e seu antigo secretário, João Roma (Republicanos).
Entre os deputados estaduais, só quem deve ficar no PDT é o atual secretário de Saúde do município, Léo Prates, nome cotado para disputar a Câmara Federal.

A baixa de Samuel Júnior já era esperada, desde que sua expulsão foi anunciada publicamente após participar de ato antidemocrático e a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, no 7 de setembro. O mesmo aconteceu com o deputado federal Alex Santana, conforme confirmado pelo presidente nacional da legenda, Carlos Lupi.
“Só fica Léo Prates. Alex Santana sai, Samuel sai, e Roberto [Carlos] e Euclides [Fernandes] eu vou tirar, pois, não tem como ficar e apoiarem Wagner. Só vai ficar quem estiver alinhado nacionalmente e aqui no estado”, disse Félix em conversa como Portal A TARDE.

Félix será um dos 20 deputados que vai participar presencialmente da convenção de lançamento da pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes, além do presidente Carlos Lupi. O número de convidados será limitado em razão do aumento de casos de Covid-19 em todo o país, mas será transmitido ao vivo pelas redes sociais e YouTube.
De acordo com o pedetista, será o momento também para discutir estratégias para as eleições estaduais deste ano. Ele revelou que será lançado um programa desenvolvimentista para a Bahia, como base no projeto de presidência de Ciro.

Os pilares, como manda a cartilha do partido, serão a “educação e o trabalhismo”.

“A gente vai adaptar o projeto de Ciro Gomes para o plano local da Bahia. Claro que o alicerce do PDT é a educação e o trabalhismo, a educação em tempo integral é a nossa maior bandeira, com investimento maciço nessa área que é um ponto primordial para a Bahia, que está nos últimos lugares nos índices de educação”, pontua.

O cenário preocupante da educação no estado, segundo Félix, é resultado dos últimos 16 anos de gestão do PT, que foi determinante para “levar a Bahia para este posicionamento”.

Mesmo com os rumores, nos últimos dias, de possível filiação do ex-juiz Sergio Moro ao União Brasil, Félix não crê que qualquer mudança impacte no que está acordado: que Ciro Gomes terá ACM Neto ao seu lado no palanque no estado.
“O importante para nós é ter um palanque, estamos esperando que tenha essa resolução, não podemos apressar se Moro vai para o União Brasil, até porque ele hoje está no Podemos com conversas avançadas para a candidatura, mas fato é que vamos ter um palanque para Ciro na Bahia”, garantiu.

FONTE: A Tarde / Blog do Valente