Blog do Jovane Sales

POLÍTICA: INELEGÍVEIS, GEDDEL E LUCIO ARTICULAM APOIO DO PT A NOME DO MDB PARA ELEIÇÃO EM SALVADOR

Condenado por lavagem de dinheiro, ex-ministro quer convencer o governador Jerônimo a compor com o vice Geraldo Júnior para a prefeitura da capital baiana.

Sem poder concorrer a cargo eletivos após terem sido condenados por lavagem de dinheiro e associação criminosa, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e seu irmão, Lúcio Vieira Lima, vêm trabalhando pelo MDB nos bastidores da política baiana. De olho em 2024, os dois tentam convencer o governador Jerônimo Rodrigues (PT) a apoiar o seu vice, Geraldo Júnior (MDB), na corrida à prefeitura de Salvador no ano que vem.

Geddel e Lúcio veem a disputa como uma possibilidade de satisfazer seus planos políticos de ampliar o espaço político do MDB no estado. O partido, além da vice-governadoria, tem duas pastas no primeiro escalão de Rodrigues — Infraestrutura Hídrica e Saneamento e Administração Penitenciária.

O governador montou um conselho político que tem discutido quais serão as candidaturas apoiadas por ele no estado no ano que vem. Além dos emedebistas, representantes de outros partidos da base (PT, PSB, PSD e Avante) têm sido escutados.

Lúcio e Geddel demonstram preocupação em vencer o grupo político do ex-prefeito ACM Neto, que duelou com o PT no estado nas últimas décadas. Ao contrário do grupo de Jerônimo, a candidatura carlista já é certa: o apoio à reeleição de Bruno Reis, do União Brasil, partido que tem ACM Neto como cacique no estado.

Com o movimento pró-Bruno Reis definido, os irmãos pressionam o governador para que a escolha seja feita até outubro. O argumento é de que é preciso tempo para construir a candidatura, uma vez que a concorrência está trabalhando nisso.

A PF encontrou R$ 51 milhões em dinheiro vivo em apartamento ligado a Geddel, em Salvador. 

Os planos do MDB é usar 2024 como catapulta para 2026. Para isso, buscam o maior número de prefeituras no estado para facilitar a nacionalização.

— Nós não vamos disputar uma eleição de Miss Bahia, para ver quem é mais bonito. Nós queremos ganhar eleição para facilitar a recondução de Jerônimo em 2026 e Geraldinho (Geraldo Júnior) é quem reúne mais condições — disse Lúcio Vieira Lima ao GLOBO. — A prefeitura de Salvador é a última trincheira do carlismo e, se for derrotado em Salvador, será derrotado de vez na Bahia. Geraldo é a bala de prata.

A base de Jerônimo no Palácio da Ondina, entretanto, está longe de um consenso em torno do nome para concorrer à capital.

Disputam o posto os deputados estaduais Robinson Almeida (PT), Olivia Santana (PCdoB) e os federais Antônio Brito (PSD) e Lídice da Mata (PSB), que já foi prefeita de Salvador na década de 1990 pelo PSDB.

Questionado sobre qual posicionamento terá caso Jerônimo escolha outro candidato no ano que vem, o ex-deputado garante que o MDB deixará de concorrer em Salvador. Além do apoio do governador, Geddel deseja garantir o respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT).

Nas redes sociais, o ex-ministro tem feito críticas ao partido de ACM Neto, que embora faça parte da base de Lula, com três ministérios, vai rivalizar com o PT e aliados do governo federal em diversas capitais em 2024.

“Uma coisa vai ser engraçada na eleição do ano que vem. Vou morrer de rir quando começar a romaria do União Brasil (será que ACM Neto também?), rumo a Brasília, pedindo: ‘Lula, pelo amor dos seus filhinhos, não vai a Salvador pedir voto para o candidato de Jerônimo’”, ironizou Geddel, há duas semanas.

Geddel e o irmão seguem sem poder concorrer a cargos públicos. Em julho de 2017, ele foi preso preventivamente pela Polícia Federal. Em setembro voltou a ser detido depois que a PF encontrou R$ 51 milhões em espécie em caixas e malas em um apartamento em Salvador. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou os dois pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Inelegibilidade

Em 2021, a Corte anulou a segunda sentença, mas manteve os dois inelegíveis. Atualmente, Geddel cumpre a pena em liberdade condicional.

Questionado sobre o apoio dos emedebistas à sua campanha no ano passado, o governador baiano Jerônimo Rodrigues afirmou que o bunker de R$ 51 milhões de Geddel é um “problema pessoal”.

FONTE: GLOBO.COM

Jovane Sales nasceu em Macaúbas-BA. Desde criança sempre foi apreciador da leitura; concluiu o curso magistério com apenas 17 anos de idade. Com seu carisma, conquistou amizade das crianças, jovens e principalmente das pessoas com mais idade. Jovane Sales sempre gostou de política, foi Vereador, trabalhou na Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa da Bahia e atualmente é funcionário concursado da Prefeitura de Macaúbas. Pensando na população ele criou um Blog para atualizar a todos sobre o que está acontecendo na Região da Bacia do Paramirim, Bahia, Brasil e mundo.

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