FIOCRUZ ANUNCIA QUE DEVE COMEÇAR A PRODUZIR VACINA CONTRA A COVID-19 EM DEZEMBRO
O acordo assinado entre a fundação, o Ministério da Saúde e
o laboratório AstraZeneca, é considerado fundamental para garantir a
transferência de tecnologia, e assegura que 100 milhões de doses da vacina
contra a Covid-19 sejam produzidas no Brasil.
Uma notícia aumenta a esperança dos brasileiros nessa
pandemia. A Fiocruz anunciou um entendimento com o laboratório AstraZeneca para
produzir, a partir de dezembro, milhões de doses da vacina contra o
coronavírus, desenvolvida pela Universidade de Oxford.
O acordo assinado entre a Fundação Oswaldo Cruz, o
Ministério da Saúde e o laboratório britânico AstraZeneca, é um passo
fundamental para garantir a transferência de tecnologia, e assegura que 100
milhões de doses da vacina contra a Covid-19 sejam produzidas no Brasil.
Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, é
muito provável que a produção comece ainda este ano.
“Estamos nos preparando para receber 30 milhões de insumos
farmacêuticos para 30 milhões de doses da vacina, entre dezembro e janeiro, e
estaremos produzindo essas doses de vacina, e receberemos mais 70 milhões de
doses logo a seguir, entre fevereiro e junho de 2021”.
Atualmente, a pesquisa está na fase estudos clínicos, quando
ela é testada em larga escala. A parceria com a Universidade de Oxford, na
Inglaterra, e com o laboratório britânico AstraZeneca é uma das mais adiantados
do mundo.
No Brasil, dois mil voluntários já participam dos testes
para comprovar a eficácia e segurança dela. Os testes estão sendo conduzidos
pela Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, o Instituto D´Or, com o
apoio da Fundação Lemann.
A chegada de recursos ainda é necessária. O Ministério da
Saúde prevê um repasse de R$ 522 milhões para o processamento da vacina. E mais
R$ 1,3 bilhão para trazer ao Brasil os insumos para a fabricação.
Além disso, estão previstos R$ 95 milhões em investimentos
para adaptar os laboratórios de Bio-Manguinhos, no Rio.
É uma corrida contra o tempo e em várias frentes. A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou estudos clínicos de três
vacinas no Brasil.
O Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal
de Minas Gerais começou a testar uma vacina em parceria com o Instituto
Butantan, de São Paulo, e a empresa chinesa Sinovac.
E a farmacêutica americana Pfizer com a empresa alemã
Biontech também vão testar uma vacina com apoio do Centro Paulista de
Investigação Clínica, e as Obras Sociais Irmã Dulce, de Salvador.
Em 120 anos de existência, a Fiocruz nunca participou do
desenvolvimento de uma vacina em tempo tão curto. Na avaliação dos
pesquisadores brasileiros, há bons motivos para acreditar numa vacina produzida
no país ainda em 2020.
De 0 a 10, a presidente da Fiocruz fala qual é a sua
expectativa. “Nove e meio. É uma esperança muito grande, mas ao mesmo tempo eu
aponto a complexidade do desafio frente à essa pandemia. Com efeitos tão
devastadores, uma crise humanitária posa ser enfrentada com o aumento da nossa
consciência social e um reforço das políticas públicas de saúde”, completa
Nísia.
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