MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARAGUAI DESISTE DE DENÚNCIA CONTRA RONALDINHO GAÚCHO
“Foi reconhecido pelo Ministério Público que inexiste crime
de natureza financeira ou correlato em relação ao Ronaldo e ao Roberto. Após 5
longos meses, restou demonstrado exatamente o que se defendeu desde início: a
utilização de documentos públicos adulterados sem o conhecimento dos defendidos“,
disse Sérgio Queiroz, advogado de Ronaldinho e Assis ao Globo
Esporte.
Na decisão, os promotores ressaltaram que tanto Ronaldinho
quanto o irmão sabiam que os passaportes usados para entrar no país eram
falsos. Dizem, porém, que não encontraram indícios de que o ex-jogador “tenha
participado do planejamento da obtenção dos documentos irregulares“. Ressaltam
ainda que isso “de maneira alguma o exime da responsabilidade de ter domínio e
decisão do uso de instrumentos que são de aspecto pessoal“.
O Ministério Público sugere que os 2 sejam autorizados a
voltar ao Brasil, com algumas condições.
Ronaldinho Gaúcho:
- Liberdade condicional de 1 ano;
- Multa de R$ 487 mil;
- Declaração de residência fixa no Brasil onde possa ser encontrado
- Comparecimento a cada 3 meses ante uma autoridade judicial no Brasil.
Roberto de Assis:
- Liberdade condicional de 2 anos;
- Multa de R$ 596 mil;
- Declaração de residência fixa no Brasil onde possa ser encontrado
- Comparecimento a cada 3 meses ante uma autoridade judicial no Brasil.
As medidas pedidas pelo MP do Paraguai ainda precisam ser
ratificadas pelo juiz Gustavo Amarilla.
ENTENDA O CASO
Ronaldinho Gaúcho e o irmão chegaram ao Paraguai no dia 4 de
março de 2020. O passaporte de Ronaldinho dizia que ele era paraguaio
naturalizado. O ex-jogador foi ao país para apresentar 1 evento beneficente e
lançar seu livro, “Gênio da Vida”. A irregularidade foi detectada logo no
aeroporto, mas devido à comoção dos fãs, as autoridades optaram por deter o
ex-jogador e seu irmão no hotel.
Os 2 passaram boa parte do dia seguinte (5.mar) prestando
esclarecimentos ao Ministério Público paraguaio. Outras 3 pessoas foram presas
em decorrência das investigações: o brasileiro Wilmondes Sousa Lira, acusado de
fornecer os passaportes, e duas mulheres supostamente conectadas com o caso. No
dia 6 de março, Ronaldinho e Assis foram ao tribunal para julgamento do chamado
“critério de oportunidade”, 1 dispositivo legal que livraria ambos de qualquer
processo em troca de cooperação com as investigações –o que foi negado pelo
juiz Mirko Valinotti. No mesmo dia, a Procuradoria pediu a prisão dos irmãos.
A Justiça do Paraguai autorizou
prisão domiciliar para Ronaldinho e o irmão em 7 de abril.
FONTE: Poder 360
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