A INVISIBILIDADE PERANTE A POBREZA, CALAMIDADE PÚBLICA E SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL
O que nós especialistas em Ciências da Sociedade defendemos é que ninguém seja deixado para trás com estas medidas restritivas, até mesmo porque o legado de injustiças sociais e econômicas perpetradas em nome da saúde pública para conter o vírus não afeta igualmente toda à população e que só faz aumentar o abismo entre ricos e pobres.
Assim sendo, afeta o prestador de serviço, o produtor de eventos, o feirante, o ambulante, o artista, o dono do bar, do buteco, o pequeno comerciante de produtos não essenciais, a manicure, o dono da lanchonete, do restaurante, o cabeleireiro, o desempregado... todas elas carecem, de alguma política pública reparatória a partir dos recursos disponíveis próprios e os oriundos de parcerias e na contramão vai a Ação social do município que suspende o atendimento ao público nos alegando ser por causa dos decretos municipais para evitar aglomeração.
Decreto Municipal Nº 174/2021 dos órgãos da assistência social fechados
Sem assistência social, sem auxílio emergencial, sem poder fazer o CAD Único, que poderá ser a porta de entrada do novo auxílio emergencial ?!O que será dos mais vulneráveis e os que entraram nesta estática irão fazer com está secretaria fechada, pois no seio da sociedade Macaubenses, as violências só aumentam, como em quase todas as partes do mundo. Eles podem até ter autonomia para fazerem isto, mas é justo Com o povo de Macaúbas que não tem salário fixo no final do mês?!
Por isso que peço o plano contingencial/emergencial da secretaria de Ação Social, porque a cada dia que passa percebemos a falta de norteamento desta secretaria que nem o legislativo se deu conta da grandeza desta pasta durante um estado de calamidade pública, não bastou os feriados de carnaval, agora o decreto municipal que trancou as atividades por mais quinze dias, sem contar os atropelos do mês de janeiro que os deixou quase inoperantes, mas avancemos...
O trabalho social em tempos de pandemia não para...
O decreto Federal acima, a Assistência Social constitui dentre os serviços públicos essenciais para o enfrentamento das demandas do COVID-19, o segundo órgão mais importante. Assim sendo, a proteção social de assistência social se ocupa de vitimizações, fragilidades, contingências, na qual os cidadãos devem ser providos, na medida do possível, material e socialmente para reprodução da vida. A falta de medidas preventivas e de sensibilização por parte dos órgãos de saúde pública local, tornam o papel da Ação Social extremamente importante para as medidas mais duras que terão que vir para os próximos dias, na qual as demandas do território ajudaria em muito a delinear os decretos e a medidas sociais reparatórias que viriam junto com as medidas restrições. m outras publicações colocamos que para ter saúde é necessário antes SOBREVIVER, porque nem todos dispõem de renda fixa ao final do mês caso e que não podem trabalhem por causa das medidas restritivas; e como aqueles mais precisados terão acesso aos benefícios eventuais (cesta básica, dentre outros serviços) com a Assistência Social de portas fechas? Parece que não reconhecem que são entes protetores dos direitos sociais. Se o fechamento foi em função de pessoas contaminadas no órgão eu me pergunto: Quais outros órgãos bloquearam seus atendimentos por causa disto e por quinze dias seguidos e nessa altura da pandemia? Porque não fazem trabalho remoto com aqueles que têm acesso a internet? Afirmamos ter a demanda, mas parece que não conseguiram se adequar aos novos tempos, possivelmente de portas fechadas também não conseguirão mapear o nosso território que, a todo tempo se move para uma curva descendente em pobreza é vulnerabilidade. Sem contar que os atendimentos aos que não tem acesso a internet já estão sendo feitos, de algum modo, presencialmente em cidades circunvizinhas, e os casos de extrema necessidade como ficarão?!
Precisamos de um olhar integral para a vida das famílias porque o agravamento da violência só faz aumentar. O curioso é que pessoas que víamos a uns meses atrás fazendo benesses, ajuda a famílias por iniciativa própria, hoje como atuantes na secretaria de Ação social não sabem reconhecer que os benefícios eventuais são um direito do trabalhador e até o momento não vemos as ações neste sentido, que foram conquistados a partir de 2005 com o SUAS.
Desde março de 2020 já era cobrado do gestor anterior, pelo número de watsapp, disque denúncia, ações do gestor nesse sentido, e muitas foram atendidas pela população, mas cobrar a um ano atrás era uma coisa, porque não tínhamos experiências vivenciadas, cobrar hoje requer do sujeito atitudes e ações diferentes das que estamos vendo e que não passam despercebidas aos olhos de quem tem entendimento de causa e de quem necessita. Destarte, solicitamos que eles nos patenteie o referido plano, já mencionado acima, para que possamos entender e esclarecer algumas dúvidas, tais como:
Qual a gestão de território que demandam hoje?
Qual política de segurança alimentar?
Quantas famílias são atendidas em rede remota?
Seria a Assistência Social que, literalmente falando, deveria chegar as demandas, mas as demandas chegam desde janeiro até eles, mas até o exato momento sem nada e nem um tipo de acolhida, usuários que se mostraram resistentes ao serviço quase inoperante foram tratados com grosseira e com ameaças de chamar a polícia porque o usuário queria sair do local, somente mediante agendamento, convém frisar que não houve nenhuma ameaça por parte do usuário, nem física, muito menos verbal?!E como fica em amparo legal a aqueles que tiveram seus cadastro suspensos injustamente durante este decreto que se deparam com a Assistência Social de portas fechadas?!
Tentamos sinalizar alguns erros, como conscientização e decretos PRÉVIOS na saúde, que poderiam fazer a diferença a custo zero, mas agora somos o único município, da Bacia do Paramirim, em situação crítica na saúde.
Sinalizamos agora para Ação Social do nosso município que parece não ter entendido ainda seu ofício num contexto pandêmico! Não gostaria, mas tudo caminhada para isso, de vermos os mesmos erros sendo também cometido, cada um em sua área, agora no trato com o Serviço Social!?
Portanto o trabalho social em tempos de pandemia não para e fica aqui minha resignação!
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