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COVID-19: BAHIA ENTRA EM COLAPSO E GOVERNADOR ESTENDE TOQUE DE RECOLHER ATÉ 31.MARÇO.2021 E DIZ QUE PARA VOLTAR AO NORMAL SERÁ NECESSÁRIO 20 DIAS DE LOCKDOWN TOTAL

by - março 17, 2021


O governador Rui Costa (PT) voltou a comentar a situação crítica enfrentada pela Bahia quanto ao atendimento de pacientes com a Covid-19 e foi pragmático ao afirmar que o colapso do sistema já é uma realidade na Bahia, assim como na maioria dos demais estados brasileiros.

 “Na prática, tecnicamente já é uma situação de colapso". Não tenha dúvida disso. Todo mundo que tem fila em espera de UTI está em colapso. Você pode ter cinco, dez pessoas, que você regula e o sistema absorve em 24h. Não é para ninguém aguardar 72h por um leito de UTI.

Está assim no Brasil inteiro, não só a rede pública, mas também a rede privada”, disse na tarde desta quarta-feira 17.mar.2021, durante visita às instalações do Hospital Metropolitano, em Lauro de Freitas. A unidade será aberta nos próximos dias, adicionando 90 novos leitos ao atendimento exclusivo da Covid-19. 


Em entrevista coletiva, Rui comentou a declaração da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que alegou que o Brasil passa pelo "maior colapso sanitário e hospitalar da história". “A Fiocruz chama de colapso e é, de fato, um colapso. Toda vez que você tem um número de pacientes grandes na fila de espera, na medida em que não consegue regular um paciente que precisa de UTI em menos de 24h, isso já é um sinal de colapso do sistema. Hoje na Bahia temos mais de 400 pacientes esperando um leito de UTI”, exemplificou o governador. 

O governador da Bahia, Rui Costa, falou sobre o pré-colapso no sistema de saúde do estado por causa da Covid-19. Durante entrevista ao Bahia Meio Dia, telejornal da TV Bahia, ele disse que quase 400 pessoas estão aguardando por regulação.

Ainda na entrevista, o gestor estadual questionou o comportamento dos cidadãos durante a pandemia do novo Coronavírus.

"Antigamente caía um avião, a gente passava a semana inteira, o mês inteiro falando do avião e das vítimas. Aqui, em quatro dias morreram 400 pessoas, no dia de hoje morreram 700 em São Paulo, ontem foi o maior número da história da pandemia com 1,7 mil mortos no Brasil. Quando é que as pessoas vão se comover com isso?", questionou.

De acordo com Rui, a medida ideal para conter de vez o avanço da doença no estado seria decretar fechamento total por no mínimo 20 dias, no entanto, não pode fazer isso por causa da quantidade de trabalhadores informais na Bahia.

"Essa seria a medida absolutamente necessária, mas por que a gente não faz isso? Como as pessoas vão sobreviver? Nós estamos nesse momento, no Brasil, sem auxílio emergencial.

Vivemos em um estado que tem o número de trabalhadores informais muito grande. Então você tem que pensar nas duas coisas: salvar essas pessoas para que não morram com a doença e salvar para que não morram de fome. Por isso que a gente vai tomando medidas medianas ", disse.

Segundo o governador, a situação está muito mais crítica na região metropolitana. Por isso, ele autorizou a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) realizar licitação emergencial para a abertura do Hospital Metropolitano e a reabertura do Hospital de Campanha da Arena Fonte Nova na capital baiana.

De acordo com Rui, após a abertura desses novos leitos não há mais o que abrir na Bahia.

"Depois da Fonte Nova e do Hospital Metropolitano não há mais o que abrir".

O governador ainda fez um alerta à população e disse que para conter a pandemia é preciso respeitar o distanciamento social.

"Só vamos conseguir conter a doença se a gente evitar a contaminação e para evitar contaminação, tem que evitar o contato social", disse.

Questionado sobre a transferência de pacientes para outras unidades de saúde com atendimento exclusivo para Covid-19, o governador disse que "não tem ninguém a essa altura com condições de receber pacientes".

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