Entenda porque TSE condenou Jair Messias Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos.
O Ex-presidente fica impedido de disputar eleições até 2030.
A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou, nesta sexta-feira 30.06.2023, o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade pelo período de oito anos. Com o entendimento, o ex-presidente ficará impedido de disputar as eleições até 2030. Cabe recurso contra a decisão.
Após quatro sessões de julgamento, o placar de 4 votos a 1 contra o ex-presidente foi alcançado com o voto da ministra Cármen Lúcia. Ela adiantou que acompanharia a maioria pela condenação de Bolsonaro.
Na avaliação da ministra, a reunião foi convocada por Bolsonaro para atacar o sistema eleitoral e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.
Cármen Lúcia afirmou que o ex-presidente fez um “monólogo”, sem passar a palavra para perguntas dos embaixadores presentes.
“Se tratou de um monólogo em que se teve a autopromoção, desqualificação do Poder Judiciário.
A crítica faz parte.
O que não se pode é o servidor público, no espaço público, fazer achaques contra os ministros do Supremo como se não estivesse atingido a instituição”.
O julgamento segue para a leitura dos votos do ministro Nunes Marques e do presidente, Alexandre de Moraes, últimos a serem proferidos. No início da sessão, a ministra adiantou que vai acompanhar os demais ministros que proferiram os votos desfavoráveis a Bolsonaro. Ela prossegue a leitura do voto.
O TSE julga a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT.
Tomei punhalada pelas costas, diz Bolsonaro após ficar inelegível Ex-presidente afirma que dia “passou a ser emblemático” como 6 de setembro de 2018, quando levou uma facada em MG.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 6ª feira (30.jun.2023) que tomou uma punhalada pelas costas com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de torná-lo inelegível.
Afirmou que o dia “passou a ser emblemático” como o 6 de setembro de 2018, quando levou uma facada em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial daquele ano.
“Um dia que passou a ser emblemático para mim, como foi o 6 de setembro de 2018, onde levei uma punhalada pela frente. Hoje levei uma punhalada com essa decisão.
Quem levou essa punhalada não foi Jair Messias Bolsonaro, foi a democracia brasileira”, declarou o ex-presidente.
A Corte Eleitoral decidiu nesta 6ª, por 5 votos a 2, determinar a inelegibilidade de Bolsonaro por 8 anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
O TSE acatou a ação apresentada pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista) em agosto de 2022 contra a reunião do então presidente da República com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado.
Na ocasião, Bolsonaro criticou o sistema eleitoral brasileiro, as urnas eletrônicas e a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Corte Eleitoral. Por mais de uma vez, o ex-presidente vinculou a facada que sofreu em 2018 com sua inelegibilidade decidida pelo TSE. Segundo ele, a Corte Eleitoral “trabalhou” contra suas propostas. “Não gostaria de me tornar inelegível. Na política, essa frase não é minha né: ‘Ninguém mata, ninguém morre’. Espero que seja igual, há pouco tempo, que levei uma facada na barriga.
Hoje levei uma facada nas costas”, afirmou Bolsonaro também afirmou que, com a decisão do TSE, o Brasil está “no caminho de uma ditadura”. “Estamos no caminho de uma ditadura. Quer dizer que o caminho está muito avançado para uma ditadura. Eleições sem confronto, não é democracia.
Quem seria oposição para esse atual mandatário que está aí em 2026. Até o momento, não tem nome. Seria quase que o W.O ou poderiam por aclamação lá no TSE continuar o mandato do Lula. Afinal, ele é um grande democrata”, declarou.
FONTE: Poder 360 / TVS 1