MACAÚBAS - BA SÃO JOÃO 2024: O CANTOR PABLO LEVA UMA MULTIDÃO DE MAIS DE 30.000 PESSOAS A PRAÇA IMACULADA CONCEIÇÃO NO PRIMEIRO DIA DOS FESTEJOS JUNINOS NA CAPITAL DO FORRÓ
Pablo, o que dizer?
Maior público já visto na história do São João de Macaúbas A Capital do Forró! Sem mais!
#blogjovanesales
#raizdegentefeliz #macaúbas #sãojoão
Uma música do forrozeiro Edigar Mão Branca intitula o município de Macaúbas, na Bacia do Paramirim, como “Escola de São de João”. A cidade é tradicionalmente conhecida como um dos mais conhecidos destinos para passar o São João na Bahia. Macaúbas está em festa desde o dia 1º de junho, quando os moradores deram as boas-vindas ao período junino com shows de Mastruz Com Leite, Ito Moreno, Duquinha do Arcodeon e Simbora Xotear.
Nesta quinta-feira (20), na Praça da Matriz, cinco atrações subiram ao palco principal para dar continuidade ao festejo no município. Pablo e Tarcísio do Arcodeon arrastaram um público de mais de 30 mil pessoas. Além deles, Vitor Oliveira, Xinela de Couro e Fulô do Mamulengo animaram o evento.
Segundo informou a organização do São João, este ano, Macaúbas obteve recorde de público na Praça da Matriz. A população elogiou bastante a organização da festa, que contou inclusive com uma base de apoio da Secretaria de Saúde e do Corpo de Bombeiros. O serviço está disponível de 22h às 05h todos os dias. A 4ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) garante a segurança dos macaubenses e turistas. O evento ainda se estende até domingo, dia 23 de junho, com outras grandes atrações nacionais.
O São João de Macaúbas é promovido pela Prefeitura Municipal, governada por Aloísio Miguel Rebonato (MDB), em parceria com a Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia (Sufotur) e do Governo do Estado.
FONTE: Blog Jovane Sales / Jornal Achei Sudoeste
Com uma década de carreira, o cantor Pablo é ícone do arrocha baiano, um dos gêneros mais populares no estado.
Aos 11 anos, Pablo disse ao pai que não queria mais a vida
de vendedor de picolé que levava em Sergipe. Conseguiu uma carona com um
motorista de ônibus e voltou para a terra natal, Candeias (BA), para fazer o
que mais gostava: cantar. Foi com ele, inclusive, que o menino havia começado
anos antes, aos 6 de idade, nas serestas da cidade. Hoje, já com uma década de
carreira nas costas, Pablo, conhecido como A Voz Romântica, é um dos maiores
nomes do arrocha na Bahia. Vaidoso, sempre bem vestido, com cuidadosos cortes
de cabelo, aos 25 anos, ultrapassou o conceito de mero cantor. Pablo mantém uma
empresa de produção, carrega uma equipe com mais de 30 profissionais em seus
shows, faz diversas apresentações semanais e ainda cria dois filhos pequenos.
Casado desde os 14 anos, Pablo é precoce em quase tudo. Decidiu os rumos da vida cedo, começou a cantar, assumiu o vocal da banda Asas Livres, vendeu muitos discos, saiu de casa, casou, comprou apartamento, tudo com menos de 16 anos de idade. “Meu primeiro dinheiro foi para comprar um apartamento para minha mãe, o segundo um pra mim”, explica, revelando que tudo o que possui na vida deve ao arrocha, estilo que ele ajudou a criar e a tornar popular. Há versões diferentes e outros que cobram a paternidade do gênero, mas Pablo é tido pelo público como o pai do arrocha. Ele diz que inventou o nome arrocha vendo os casais dançando de forma, digamos, mais quente, na plateia.
Pablo tem tanto envolvimento com o arrocha que se irrita
quando confundem o estilo. “Fico chateado quando pegam o arrocha, que é um
estilo romântico, e transformam em quebradeira, transformam numa bagunça. O
arrocha é romântico, fala de amor, não é quebradeira. Pagode é pagode, axé é
axé, lambada é lambada e arrocha é arrocha. É um estilo sensual, onde você pode
dançar sozinho ou agarradinho”, justifica o músico, que era do grupo Asas
Livres. A dança, outra característica marcante do gênero, segundo ele, surgiu
naturalmente. “Quando as pessoas começaram a dançar agarradinho foi automático
querer dançar com sensualidade, foi acontecendo”, relembra.
O estilo, na verdade, é filho direto da seresta, surgido das apresentações de cantores à base de teclado em bares de cidades do interior baiano. O arrocha, segundo Pablo, tem muito também da música sertaneja. “É o sertanejo baiano”, diz. Marcado pela forma simples como é apresentado, somente voz e teclado, o arrocha de Pablo hoje já se tornou algo maior. Tem teclado, claro, porém incrementado com dois violões, naipe de sopros e duas backings vocals. “No começo, a gente tinha teclado e voz, era a seresta, estava tudo lindo. O teclado é a alma do arrocha. Mas, fomos crescendo e vimos a necessidade de aumentar”, completa.
0 Comentários