ESCÂNDALO, CANDIDATO A VICE-PREFEITO DE OLIVEIRA DOS BREJINHOS É INVESTIGADO POR DESVIOS NO FUNDEB
Investigações revelam possível conluio entre Danilo
Saldanha e Sérgio Augusto Barreto de Oliveira Filho em esquema de
superfaturamento e desvio de recursos públicos, envolvendo obras inacabadas e
transações suspeitas.
Empresário investigado por superfaturamento e desvios no
Fundeb: possível conluio com ex-secretário de Infraestrutura e prefeito de
Mundo Novo sob investigação
Um escândalo de proporções alarmantes emerge em Mundo Novo,
Bahia, à medida que investigações revelam possíveis laços entre o empresário
Danilo Saldanha, sócio da D3 Empreendimentos, e Sérgio Augusto Barreto de
Oliveira Filho, ex-secretário de Infraestrutura e atual candidato à prefeitura
do município. O caso, que já mobiliza uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) na Câmara de Vereadores de Mundo Novo, lança uma sombra sobre a gestão do
prefeito José Adriano da Silva (Avante) e o uso de recursos destinados ao Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Danilo Saldanha, que também é candidato a vice-prefeito em
Oliveira dos Brejinhos, encontra-se há mais de um ano na posse de um veículo
Toyota Hilux SW4, branco, de placa PPQ-4G90, que pertencia a Sérgio Augusto
Barreto de Oliveira Filho. De acordo com a base de dados do DETRAN, o veículo
ainda se encontra registrado em nome de Sérgio Augusto Barreto de Oliveira, pai
do então secretário de Infraestrutura, agora aspirante ao cargo de prefeito de
Mundo Novo. Esse fato, por si só, já levanta suspeitas quanto à relação entre o
empresário e o ex-secretário, mas as revelações não param por aí.
Em depoimentos colhidos pela CPI, surgiram graves acusações
contra a D3 Empreendimentos, a empresa de Saldanha. A empresa é suspeita de
superfaturamento em contratos de obras públicas, de entregar obras inacabadas e
de usar materiais de péssima qualidade para reduzir custos, comprometendo a
segurança e a durabilidade das construções. Há ainda relatos de pagamentos
realizados pela prefeitura de Mundo Novo por obras que nunca foram concluídas,
ou sequer iniciadas, o que configura um grave desvio de recursos públicos.
O envolvimento de Serginho, como é conhecido, ex-secretário
de Infraestrutura, torna-se ainda mais questionável quando se considera que o
veículo em posse de Saldanha foi declarado pelo empresário como parte de seu
patrimônio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo dados do DETRAN, o veículo possui uma alienação fiduciária em nome da
D3 Empreendimentos, o que indica uma possível transação que pode estar
mascarando favorecimentos indevidos.
A relação entre os dois não se restringe apenas à suspeita
de negócios obscuros com bens de alto valor. As omissões e possíveis
conivências do ex-secretário em relação às irregularidades cometidas pela
empresa de Saldanha revelam um possível conluio que pode ter prejudicado o
município e os seus cidadãos, especialmente no que tange aos recursos
destinados à educação – um setor essencial que, em Mundo Novo, sofre com a má
aplicação dos recursos.
Outro fato que chama atenção é o veículo utilizado pelo
atual prefeito de Mundo Novo, José Adriano da Silva, uma Hilux SW4 preta, de
placa RCT-9J70. O veículo está registrado em nome de Angelo Martins de Araújo,
que comunicou a venda em cartório ao prefeito. Angelo também vendeu um veículo
para Serginho Barreto, sugerindo uma conexão entre as transações de veículos e
as pessoas envolvidas no esquema sob investigação. José Adriano é conhecido
apoiador de Serginho, reforçando as suspeitas de conluio.
As investigações seguem em andamento, e a CPI já sinaliza
que outros contratos e transações envolvendo a D3 Empreendimentos e a gestão de
Serginho serão minuciosamente analisados. A expectativa é que as apurações
tragam à tona mais detalhes sobre este escândalo, que pode comprometer seriamente
as chances de Serginho e Danilo Saldanha nas eleições municipais.
Se comprovadas, as acusações podem não apenas prejudicar as
campanhas eleitorais de Danilo Saldanha e Serginho, mas também resultar em
sanções severas, incluindo a inelegibilidade e até a prisão dos envolvidos por
crimes de responsabilidade e improbidade administrativa.
FONTE: Minha Bahia
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