BOM JESUS DA LAPA, CORRENTINA, SANTANA E SÍTIO DO MATO: PREFEITOS DECRETARAM CALAMIDADE FINANCEIRA
O prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro (PSB), decretou nesta quinta-feira, 9 de janeiro de 2025, situação de calamidade financeira no município, com efeitos retroativos a 1º de janeiro. Além de Bom Jesus da Lapa, outros prefeitos da região também decretaram calamidade financeira e administrativa desde a posse há uma semana.
O decreto Nº 22, de Bom Jesus da Lapa, fundamentado na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA), estabelece
que o Quadro de Detalhamento de Despesas (QDD) será o instrumento de execução
orçamentária e gerência, detalhando os projetos e atividades definidos pela Lei
nº 780.
Conforme o decreto, a Contabilidade Municipal será responsável
por acompanhar a execução orçamentária e realizar os registros contábeis
decorrentes.
Outras cidades decretam estado de calamidade:
Em Santana, o prefeito José Raul (MDB) decretou situação de emergência na Administração Pública Municipal por 90 dias, após identificar indícios de furto de bens públicos e subtração de documentos e dados ao adentrar prédios públicos.
O Decreto nº 011, de 2 de janeiro de 2025, destacou ainda a
escassez de medicamentos na farmácia básica, produtos vencidos ou próximos do
vencimento no almoxarifado da Unidade de Saúde, e a falta de alimentos para
refeições aos pacientes, entre outras irregularidades.
Em Correntina, no oeste baiano, o prefeito Mariano
Correntina (União) declarou calamidade administrativa devido à precariedade das
estruturas públicas e ao sucateamento da frota municipal, entre outros
problemas.
Em Sítio do Mato, a aproximadamente 47 quilômetros de Bom
Jesus da Lapa, o prefeito Alfredinho Magalhães (União Brasil) também
decretou estado de calamidade, alegando encontrar o município em situação
grave. O prefeito anunciou o decreto no dia do aniversário da cidade,
justificando a ausência de celebrações. “Diante disso, e com muita
responsabilidade, a tradicional festa de aniversário de Sítio do Mato, que
deveria acontecer no dia 8, será transferida para o São João ou São Pedro,
quando as condições estiverem normalizadas”, informou Magalhães nas redes
sociais.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) está investigando
possíveis irregularidades no processo de transição de cargos ou se os novos
prefeitos estão utilizando os decretos para firmar contratos sem licitação.
Se forem encontradas irregularidades, os ex-prefeitos podem
ser multados e denunciados ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) por
improbidade administrativa. Bem como, os atuais prefeitos.
Os decretos de calamidade financeira alertam a sociedade
sobre a crise nas prefeituras, mas não isentam as gestões de manter os serviços
públicos funcionando.
FONTE: Agência Sertão
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