No final de 2024, o aumento no preço da cesta básica de alimentos gerou preocupação entre os brasileiros, especialmente em diversas capitais. A pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas revelou que, em dezembro, cinco das oito cidades analisadas registraram aumentos nos preços dos alimentos essenciais. O Rio de Janeiro, que já figura entre as cidades mais caras do Brasil, manteve o título de cidade com a cesta básica mais cara do país, custando mais de mil reais.

Em Macaúbas – Ba os preços estão exorbitantes, vejam abaixo:

Em Brasília e Manaus, os preços também subiram significativamente. A capital federal teve uma alta de 6,5%, enquanto Manaus registrou aumento de 4,9%. Por outro lado, algumas cidades, como Salvador e Fortaleza, apresentaram quedas nos preços, com variações negativas de 3,7% e 1,3%, respectivamente.

Entre os itens que mais pesaram no aumento dos preços estão o óleo de soja, a margarina, o café, a carne suína e as frutas. Esses produtos, em especial, registraram as maiores altas nos últimos meses, impactando diretamente o bolso do consumidor. A situação tem gerado dificuldades para muitas famílias, que tentam se ajustar ao aumento dos custos de alimentos essenciais.

Em resposta ao crescimento da inflação, o governo federal anunciou, no início de março de 2025, a isenção do imposto de importação sobre alguns alimentos. A medida visa conter a pressão sobre os preços dos produtos básicos. Além disso, o governo também pediu aos governadores que isentassem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em seus estados para aliviar a carga tributária sobre alimentos. Alguns estados, como São Paulo e Paraná, já adotaram a isenção do ICMS, mas a medida ainda gerou críticas e questionamentos.

Silvio Lazarini, diretor da Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo, apontou que fatores como a seca, chuvas e aumento da demanda doméstica também contribuíram para o aumento nos preços. No entanto, ele destacou que a desvalorização do real frente ao dólar tem impactado diretamente o custo dos produtos importados, e acredita que as medidas do governo, embora relevantes, são insuficientes para resolver o problema.

O preço da cesta básica já ultrapassa a marca de mil reais no Rio de Janeiro, uma realidade que está afetando o poder de compra dos cidadãos, especialmente os de menor renda. Para muitas pessoas, o custo elevado dos itens essenciais tornou-se um desafio diário. A dificuldade em comprar produtos básicos, como arroz, feijão, café e óleo, tem sido uma constante nas famílias brasileiras.

O economista Bruno Musa, em entrevista, avaliou que a alta dos preços no Brasil está relacionada à desvalorização da moeda e ao aumento da dívida pública. Segundo ele, o governo brasileiro tem gastado mais do que arrecada e não tem adotado políticas de contenção de gastos, o que acaba agravando a inflação e, consequentemente, o custo de vida para a população.

O aumento dos preços no Rio de Janeiro é ainda mais preocupante, pois a cidade já enfrentava altos custos de vida devido a grandes eventos internacionais, como a Olimpíada e os Jogos Panamericanos. Essa realidade, combinada com uma economia informal significativa, tem dificultado ainda mais o acesso das famílias a itens essenciais. A combinação de fatores econômicos e políticas públicas insuficientes resulta em um cenário difícil para a maioria da população, que vê o poder de compra ser corroído mês após mês.

O impacto da inflação no bolso do consumidor brasileiro continua a ser um dos maiores desafios enfrentados pelo país, com poucas perspectivas de melhora no curto prazo.

Fonte: Pensando Direita  /  Blog Jovane Sales