APRENDI A SER HOMEM COM MEU PAI… QUE É UMA MULHER
Fui na padaria agora há pouco, só pra comprar um café e um pão de queijo… e saí de lá com o coração apertado, tentando segurar o choro.
Na minha frente na fila, tinha um cara de mochila, roupa simples, bem tranquilo. Mas o que me chamou atenção mesmo foi o senhor ao lado dele… um morador de rua. Estava quietinho, de cabeça baixa, mas o rapaz fazia questão de conversar com ele, olhar nos olhos, como se fossem velhos amigos.
Quando chegou a vez deles, o cara pediu dois cafés, dois pães de queijo, e ainda escolheu um salgado a mais. Pagou tudo sorrindo, como se fosse a coisa mais normal do mundo. E era, né? Ou pelo menos, deveria ser.
Foi aí que vi a tatuagem no braço dele, bem visível, em letras fortes:
"Aprendi a ser homem com meu pai… que é uma mulher."
Confesso que a curiosidade falou mais alto. Na saída, tomei coragem e perguntei sobre a tatuagem.
Ele sorriu, olhou pro senhor do lado, e disse com uma voz firme, mas cheia de emoção:
— "Foi minha mãe quem me criou. Ela fazia papel de tudo: pai, mãe, herói, amiga… Me ensinou a respeitar, a cuidar do próximo, e a nunca medir ninguém pela aparência. Hoje ela não tá mais aqui, mas tudo que ela plantou em mim… tá vivo. E eu só tô retribuindo um pouquinho do que recebi."
Gente… eu saí de lá chorando.
Num mundo tão apressado e frio, ver esse tipo de amor, de respeito e de humanidade… me deu um nó na garganta.
Talvez a gente não precise de tanto pra fazer a diferença na vida de alguém.
Às vezes, um pão de queijo, um café quente… e um pouco de
empatia já bastam.
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